Política

Em audiência, deputado cobra agilidade no processo para liberar exploração de petróleo em RR

Processo está na fase de análise da emissão de manifestação conjunta entre os ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia. Carta autorizaria a entrada dos blocos de exploração do Estado na oferta permanente da ANP

Audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados)
Audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (Foto: Renato Araujo/Câmara dos Deputados)

Durante audiência na Comissão de Minas e Energia, o deputado federal Gabriel Mota (Republicanos-RR) cobrou agilidade na liberação do processo de exploração de petróleo na Bacia Sedimentar do Tacutu em Roraima.

Atualmente, esse processo está na terceira das oito etapas: depende da análise da emissão da manifestação conjunta entre os ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e de Minas e Energia (MME). Essa carta autorizaria a entrada dos blocos de exploração do Estado na oferta permanente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), que passará a considerá-los nos futuros leilões.

“Hoje, 70% da energia de Roraima vem do Estado do Amazonas, através do gás, do campo Azulão. São mais de 100 carretas na BR-174, todos os dias, trazendo esse gás pra produzir a energia no Estado de Roraima, sendo que Roraima tem gás”, afirmou.

A cobrança foi feita diretamente ao presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), Rodrigo Agostinho, que estava na audiência que discutia a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas.

“Queria que o senhor levasse essa mensagem à ministra Marina [Silva, do Meio Ambiente], que finalize essa carta de manifestação conjunta. O Ministério de Minas e Energia já deu o ok, a ANP já deu o ok, a Petrobras tem acompanhado. É a saída pro nosso Estado”, destacou.

Em resposta, Agostinho prometeu levar a situação da manifestação conjunta ao MME para “providenciar uma resposta” ao parlamentar. “Esse tipo de licenciamento, desde 2011, com a lei complementar 140/2011, é de exclusividade dos Estados”, respondeu.

A audiência também contou com representantes de setores envolvidos no setor, como o Ministério de Minas e Energia (MME), a Marinha do Brasil, a ANP, da Petrobras e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Durante o encontro, a Petrobras apresentou um estudo inédito da CNI sobre os possíveis impactos econômicos da exploração petrolífera na Margem Equatorial Brasileira, que inclui estados como Amapá, Pará e Maranhão.

Ao simular a produção atual da Guiana de 665 mil barris por dia, a atividade poderia criar para essas unidades federativas, por exemplo, mais de 2,1 milhões de empregos formais, R$ 419 bilhões a mais de PIB (Produto Interno Bruto), R$ 25 bilhões de acréscimo em tributos e R$ 20 bilhões de royalties.

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