A imunização contra as hepatites A e B é fundamental para prevenir complicações graves e até mesmo a morte. Dados do Ministério da Saúde revelam que, entre 2020 e 2023, foram registrados mais de 785 mil casos de hepatites virais no Brasil, sendo a hepatite A responsável por 21,8% e a hepatite B por 36,8% desses casos.
“A imunidade ideal só é alcançada após a conclusão do esquema completo”, explica Marcelo Cordeiro, médico infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde. A vacina contra a hepatite A é administrada em duas doses, enquanto a da hepatite B exige três. “Essas vacinas funcionam estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos, prevenindo a infecção”, completa.
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Para crianças de 12 meses a 15 anos, são necessárias duas doses com intervalo de seis meses. Para pessoas a partir de 16 anos, o esquema é de três doses, com intervalos de 1 a 6 meses entre elas.
Mesmo com a vacinação, grupos mais expostos, como profissionais da saúde e usuários de drogas injetáveis, devem manter hábitos de higiene adequados, consumir água tratada e realizar exames periódicos.
Cordeiro alerta para os riscos de complicações das hepatites. A hepatite A, geralmente leve, pode evoluir para insuficiência hepática aguda em casos raros. Já a hepatite B, se não tratada, pode se tornar crônica, aumentando o risco de cirrose e câncer de fígado. “A hepatite B é uma das principais causas de câncer de fígado no mundo. Por isso, o diagnóstico precoce e a vacinação são fundamentais”, ressalta.