Um fato atípico ocorreu na tarde da quarta-feira, dia 5, no Centro de Boa Vista, quando uma criança, de quatro anos, foi raptada por uma mulher de dentro de uma loja e só não desapareceu levando a menina porque a mãe dela interviu e tomou a vítima dos braços da criminosa.
A reportagem conversou com a mãe da criança, Denise Andrade, de 22 anos, que contou detalhes sobre o ocorrido. Segundo ela, estava dentro de uma loja de artigos de festas e uma mulher, aparentando 40 anos, também estava no local e ficou observando a filha. Em determinado momento, quando precisou pagar as compras no caixa, tirou os olhos da criança por um instante.
Nesse intervalo, a menina disse à mãe que a mulher se aproximou e a convidou para comprar bombom, tirando a garota de perto da mãe e levando pelas ruas do Centro. Quando notou que a filha não estava por perto, Denise começou a fazer buscas e chamar por seu nome. Ao sair da loja, viu a mulher caminhando e de mãos dadas com a filha.
A mãe, desesperada, afirma que correu e gritou para que a criminosa deixasse a criança. “Saí correndo e chegando à esquina, a mulher estava segurando a mão dela. Empurrei a mulher e peguei a minha filha, fiquei muito nervosa e comecei a passar mal”, relatou.
Ainda segundo Denise, a ação criminosa foi muito rápida e naquele momento, não teve atitude para chamar a Polícia, para deter a suspeita. Ela afirma que voltou ao ponto comercial para verificar as imagens das câmeras de segurança e tentar identificar a suspeita para denunciar o caso à Polícia Civil.
“Voltei à loja para ver o vídeo e depois fui registrar o Boletim de Ocorrência [B.O], mas a Delegacia estava fechada e não consegui registrar o caso. Ainda estou nervosa porque estou grávida de quatro meses e minha gravidez é de risco,” contou.
ORIENTAÇÕES – A delegada-geral da Polícia Civil, Giuliana Castro, conversou com a equipe da Folha e deu algumas orientações que devem ser seguidas para evitar que crimes desta natureza acontecem. Conforme Giuliana, a mãe ou responsável devem manter vigilância constante, sem trégua, sequer por alguns segundos, assim os casos de sequestro e de acidentes de crianças não ocorreriam. A delegada também esclareceu que soube do caso pelas redes sociais.
Giuliana não explicou que medidas seriam adotadas quanto ao rapto. Somente a apuração dos fatos pela Polícia, a partir da prisão da sequestradora, iria revelar a intenção do crime. (J.B)