A Receita Federal do Brasil lançou o edital de licitação para contratar a concessionária que vai gerir, por 25 anos, o futuro Porto Seco de Boa Vista, um terminal internacional de cargas terrestre que promete facilitar o comércio exterior de Roraima por meio do transbordo, do armazenamento, da exportação e da importação de mercadorias. O lançamento foi realizado durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (2), no Palácio Senador Hélio Campos, sede do Governo do Estado.
A licitação será realizada no dia 31 de janeiro de 2025, às 10h (de Brasília). Vence o processo a empresa que oferecer o maior desconto sobre as tarifas máximas de movimentação sobre o valor em reais ou volume em metros cúbicos (R$ 5,56) e de armazenagem sobre o valor das mercadorias para dez dias (0,25%). A partir da publicação do resumo do contrato, o empreendimento terá até 18 meses para começar a funcionar.
Estudo de viabilidade da Receita Federal estima que a implantação do porto seco na capital terá custo inicial de R$ 30,8 milhões e início da operação em 2026. Além disso, a demanda inicial é estimada em 343,7 milhões de dólares e em 274,2 mil toneladas de cargas.
O documento também estima que o porto terá 21.246 metros quadrados de área até o quinto ano de operação. Mercadorias como açúcares, bebidas, carnes congeladas e embutidos de carne, frutas, grãos, legumes, leites e derivados, margarinas, serão movimentadas e armazenadas no local.
O secretário estadual extraordinário de Atração de Investimentos, Aluízio Nascimento, estimou que, só em fertilizantes, mais de 42 mil toneladas do produto devem passar pelo porto seco ao ano. Ele revelou que, até o momento, cinco empresas demonstraram interesse em participar da licitação. “Isso é uma vitória muito grande”, destacou.
O governador Antonio Denarium (Progressistas) destacou que o terminal internacional de cargas vai quebrar trâmites burocráticos na liberação de mercadorias e acelerar as exportações para outros países. “Vai acabar com os gargalos e entraves de despachos de liberação de mercadoria da fronteira. Esse trabalho será feito aqui em Boa Vista e quando chegar à fronteira, estará tudo pronto”, avaliou.
O superintendente da Receita Federal-RR, Roberto Paulo, destacou que o porto vai atrair novos investidores para o Estado e, consequentemente, gerar empregos a nível local. “Há um sonho de transformar Roraima em um Panamá brasileiro. Pode demorar, mas pode ser também num curto prazo”, disse
O superintendente do Sebrae-RR, Emerson Baú, avaliou positivamente o porto, ao exemplificar que 97% das empresas do Estado, que são pequenos negócios, vão poder reunir um grande volume de exportação para o exterior. “Vai possibilitar que pequenos negócios componham carga para exportação”, pontuou.
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