Terra Yanomami completa 3 meses sem registrar abertura de novos garimpos

Em nove meses, governo federal destruiu aeronaves, embarcações, inutilizou cassiterita, e apreendeu ouro e mercúrio. Perdas para o garimpo ilegal superaram R$ 245 milhões

Vista aérea da Terra Indígena Yanomami (Foto: Casa de Governo)
Vista aérea da Terra Indígena Yanomami (Foto: Casa de Governo)

Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami, em Roraima, não registrou a abertura de novas áreas de garimpo ilegal em setembro, outubro e novembro. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (3) pela Casa de Governo.

De março, quando a casa foi criada, até novembro, o governo federal realizou 3.035 operações na região. Nesse período, 397 acampamentos foram destruídos, 996 motores e mais de 108 mil litros de diesel foram inutilizados.

Área de garimpo na Terra Indígena Yanomami (Foto: Casa de Governo)

Além disso, as operações destruíram 22 aeronaves e 86 embarcações, inutilizaram 118 toneladas de cassiterita e apreenderam 33,5 quilos de ouro e mais de 226 quilos de mercúrio. As perdas financeiras para a estrutura do garimpo ilegal superaram R$ 245 milhões.

Como resultado, entre março e novembro, houve uma redução de 96,3% na área de novos garimpos, que passou de 1.002 hectares em 2022 para apenas 37 hectares em 2024. “Esses números refletem o impacto significativo das operações, que não apenas desarticulam a infraestrutura do garimpo ilegal, mas também protegem as comunidades Yanomami, Ye’kwana e Sanöma, além do meio ambiente, da devastação causada pelos garimpeiros”, enfatizou a Casa de Governo.

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