Com a chegada das festas de fim de ano, o consumo aumenta significativamente. Presentes, amigo secreto, decoração, roupas e calçados novos entram na lista de prioridades dos consumidores. Contudo, o planejamento financeiro e a atenção redobrada a possíveis golpes tornam-se indispensáveis para evitar problemas, como endividamento e fraudes.
Planejamento financeiro
Segundo o professor Joaquim Barbosa Pereira, do curso de Ciências Contábeis da Estácio, manter o controle do fluxo de caixa durante o ano é a chave para não acumular dívidas no Natal. “O perigo das compras parceladas é que as pequenas parcelas, somadas aos gastos cotidianos, podem gerar um montante elevado de desembolsos mensais. A dica é focar no total das parcelas e no quanto elas comprometerão o orçamento”, orienta.
Pereira destaca que é importante considerar as despesas de início de ano, como impostos e férias, ao planejar os gastos natalinos. Ele recomenda que o 13º salário seja utilizado com responsabilidade, estabelecendo um limite de despesas para evitar endividamento.
O professor também alerta sobre promoções que destacam apenas o valor das parcelas, sem informar o preço total do produto. “Sempre avalie a possibilidade de pagar à vista com desconto, evitando os juros embutidos nas parcelas”, acrescenta.
Atenção às compras online
Já o especialista em Direito do Consumidor, professor Paulo Sérgio Rizzo, alerta para o aumento das fraudes, especialmente em compras pela internet. “Ofertas vantajosas demais, sites sem certificados de segurança e páginas sem informações claras sobre a empresa são sinais de alerta”, explica.
Rizzo recomenda verificar a reputação das lojas em sites de reclamação, evitar clicar em links suspeitos e optar por métodos de pagamento mais seguros, como o cartão de crédito. Caso o consumidor seja vítima de um golpe, ele orienta registrar um boletim de ocorrência e tentar cancelar a transação junto à instituição financeira.
Além disso, o professor ressalta que o consumidor pode acionar um advogado em situações de propaganda enganosa, produtos com defeito, cobranças abusivas ou negativas de troca e devolução.
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