Roraima recebe 104 novos médicos pelo programa Mais Médicos

Reforço atende, principalmente, municípios de difícil acesso e comunidades indígenas, ampliando a cobertura da atenção primária à saúde

De acordo com o Ministério da Saúde, o programa foi retomado em 2023 com o objetivo de garantir atendimento médico em regiões distantes e vulneráveis, além das periferias das grandes cidades. (Foto: reprodução)
De acordo com o Ministério da Saúde, o programa foi retomado em 2023 com o objetivo de garantir atendimento médico em regiões distantes e vulneráveis, além das periferias das grandes cidades. (Foto: reprodução)

Roraima passou a contar com mais 104 profissionais do programa Mais Médicos em 2024, totalizando 338 médicos atuando no estado, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (16). O reforço atende, principalmente, municípios de difícil acesso e comunidades indígenas, ampliando a cobertura da atenção primária à saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, o programa foi retomado em 2023 com o objetivo de garantir atendimento médico em regiões distantes e vulneráveis, além das periferias das grandes cidades. Atualmente, o Mais Médicos conta com 26.756 profissionais distribuídos em 4.412 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) em todo o país.

O secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde, Jerzey Timóteo, destacou que o programa desempenha um papel estratégico no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). “O Mais Médicos é fundamental para viabilizar e consolidar a Estratégia Saúde da Família, aproximando a atenção básica das comunidades que mais precisam de assistência”, afirmou.

Expansão e inclusão no programa

Entre os avanços do programa em 2024 está a ampliação de oportunidades para grupos historicamente excluídos. Foi lançado, pela primeira vez, um edital com cotas para pessoas com deficiência, negros, quilombolas e indígenas.

Além disso, 2.700 residentes em Medicina de Família e Comunidade (MFC) receberam bolsa de formação no valor de R$ 4 mil, com foco na capacitação de futuros preceptores. Essa medida visa ampliar a criação de novos programas de residência médica em MFC, essencial para fortalecer a atenção primária no país.

Outra medida anunciada foi a efetivação de 3,6 mil médicos bolsistas, que passam a integrar a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS). A mudança permite maior estabilidade às equipes de saúde e fortalece o vínculo entre os profissionais e as comunidades atendidas.

Conforme Wellington Mendes Carvalho, diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária, o fortalecimento das referências regionais foi decisivo para os resultados do programa. “A aproximação entre a gestão federal e as equipes regionais possibilita o alinhamento de desafios e diretrizes, garantindo um atendimento mais eficiente e abrangente à população”, destacou.

Próximos passos

O Ministério da Saúde informou que 2025 será marcado pela consolidação das políticas retomadas em 2023. A meta é ampliar a cobertura do programa, aprimorar a comunicação com gestores e profissionais de saúde e atender às necessidades específicas de cada território.