Empresário é condenado por tráfico de drogas e porte ilegal de armas

Defesa de Fabrício de Souza Almeida, que é sobrinho do governador de Roraima, não foi localizada para comentar a decisão. Político não é investigado sobre o caso

Fabrício Souza Almeida
O sobrinho do governador foi alvo da operação da Polícia Civil em maio deste ano (Foto: Reprodução/Redes sociais)

A Justiça de Roraima condenou o empresário Fabrício de Souza Almeida, de 38 anos, a seis anos e 11 meses de reclusão em regime semiaberto pelos crimes de tráfico de drogas e porte ilegal de armas. A sentença foi proferida pela Vara da Entorpecentes e Organizações Criminosas na terça-feira (17).

O Ministério Público de Roraima (MPRR), autor da denúncia contra o suspeito, recorreu para aumentar a pena do réu. A Folha ainda não localizou a defesa de Almeida, mas o espaço está aberto.

O acusado é sobrinho do governador Antonio Denarium (Progressistas), que não é investigado sobre o caso.

Relembre

Fabrício foi preso em flagrante em maio deste ano, em um depósito do bairro União, na zona Oeste de Boa Vista, com 79,70 quilos de skunk. A operação da Polícia Civil de Roraima (PCRR) encontrou, na casa dele, um fuzil Taurus T4, dourado com luneta de precisão e cinco carregadores, um revólver Taurus calibre 38, uma pistola Taurus calibre nove milímetros, um revólver Taurus Calibre 357, uma metralhadora MT 40, uma espingarda, uma pistola Glock G-19 calibre 9 milímetros e uma pistola Glock G-17 calibre 9 mm, além de munições.

Segundo a denúncia ajuizada pela Promotoria de Justiça Especializada em Crimes de Tráfico Ilícito de Drogas e Decorrentes e de Organizações Criminosas, a operação que prendeu Fabrício foi realizada após a apreensão de mais de 70 quilos de skunk em um sítio localizado na região do Água Boa, na zona rural de Boa Vista.

Durante a investigação, a polícia descobriu que outra grande quantidade de drogas, pertencente ao mesmo fornecedor, estaria guardada em Boa Vista e que Fabrício seria o principal responsável pelos entorpecentes, que estavam em um depósito onde o empresário mantém uma marmoraria.

“O crime de tráfico teve uma atenuante que não concordamos, uma vez que ficou claro que Fabrício se dedica à prática criminosa e que detinha armamento pesado”, concluiu o promotor de Justiça, Carlos Alberto Melotto.