Era pouco mais de 23 horas de sábado, 15, quando, segundo testemunhas, Albertina Alves da Silva, que era conhecida como ‘Dona Nega’, de 71 anos, e o filho, Francisco Alves da Silva, de 48, fechavam as portas do bar, de propriedade de Albertina. A próxima notícia que a família e amigos tiveram dos dois, foi quando mãe e filho foram achados mortos em casa na manhã desse domingo, 16 de dezembro. Eles foram brutalmente assassinados a facadas dentro da casa em que moravam, no bairro Santa Tereza, zona oeste de Boa Vista, local em que também funcionava o bar.
A informação inicial é que eles tenham sido mortos por volta de 1h da madrugada do domingo e os suspeitos estariam em busca de dinheiro. O corpo do homem foi encontrado a aproximadamente 200 metros do estabelecimento comercial e a mãe foi localizada sem roupa e dentro do bar, porém não é possível saber se ela teria sido vítima de violência sexual. Ambos estavam com vários cortes no tórax. Ao lado do corpo de Francisco, que foi encontrado no meio da rua, foi achado um terçado com lâmina de aproximadamente 50 centímetros e que pode ter sido a arma do crime, conforme a polícia. O corpo do filho de Albertina estaria fora da casa, porque ele teria tentando defender a mãe e com isso entrou em luta corporal com os bandidos, mas acabou perdendo a vida.
Em contato com policiais, a reportagem da Folha apurou que ainda não é possível apontar uma linha de investigação. A suspeita inicial é que os dois tenham sido vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte). No comércio, os suspeitos arrombaram a máquina de música modelo jukebox, para levar o dinheiro que estava depositado.
Um amigo da família disse à reportagem da Folha, que Dona Nega já morava há muito anos no local, pelo menos uns 20 anos, e que todos a conheciam e que era muito querida por todos que a conheciam. “Ela nunca fez mal a ninguém, os filhos até falavam que queriam que ela parasse de lidar com bar, pois eles achavam perigosa a atividade, mas era o que ela gostava. Muito triste o que fizeram com nossa amiga e com o filho dela”, disse um amigo da família, que terá o nome preservado nesta reportagem.
A ocorrência foi atendida por policiais militares do 2º Batalhão da Polícia Militar (BPM) e o relatório policial foi entregue na Central de Flagrantes (CF). O caso já está sendo investigado pela Delegacia-Geral de Homicídios (DGH). Os corpos de mãe e filho foram removidos ao Instituto de Medicina Legal (IML) e liberados ainda no domingo, 16, para velório e sepultamento. Até o fechamento desta reportagem nenhum suspeito do crime havia sido preso.