Cotidiano

Ministro e prefeitos do Rio Grande do Sul visitam abrigos

Prefeitos de nove municípios demonstraram interesse em abrigar venezuelanos, por meio do processo de interiorização

O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, esteve em Boa Vista ontem, 17, na companhia de prefeitos de nove municípios do Rio Grande do Sul para visitar abrigos de acolhimento a imigrantes. O objetivo da visita era conhecer as instalações e conversar com alguns venezuelanos como forma de incentivar que os prefeitos ‘adotem’ os refugiados, por meio do processo de interiorização da Operação Acolhida.

Ao todo, representantes das prefeituras de Viamão, Santo Antônio da Patrulha, Caiçara, Jaboticabal, Liberato Salzano, Nova Boa Vista, Novo Barreiro, Seberi e Três Palmeiras viajaram para Boa Vista.

“A ideia é sensibilizar os prefeitos a conhecerem todo o processo de acolhimento dos venezuelanos em Roraima, para que haja maior aceitação de cidades do Rio Grande do Sul em recebê-los. Estamos focando nesse estado por ser o que mais vem recebendo imigrantes e por ter sido fundado justamente por imigrantes que estiveram fugindo da fome de outros países. Cada um aqui possui uma história diferente, um drama peculiar e mostrar isso a eles é algo que considero melhor do que dez discursos que eu poderia dar. Os prefeitos de Viamão e Santo Antônio já me confirmaram que cada um levará 40 imigrantes. Seberi comunicou que levará 30”, comentou.

Alberto Beltrame contou que, no início da Operação Acolhida, acreditava-se que haveria maiores chances de inclusão no mercado de trabalho para imigrantes em grandes cidades. Entretanto, comparando a recepção de grande e pequenas cidades, foi possível ver maior potencial em municípios pouco populosos.

“Mais fácil que colocar 500 pessoas em São Paulo, é distribuir essa quantidade em cidades menores, pois o contato com a comunidade é muito maior. Em Chapada, no Rio Grande do Sul, levamos 52 venezuelanos e, em menos de dez dias, todos estavam empregados. A população desses municípios vem sendo bem receptiva com os imigrantes e vê neles a possibilidade de desenvolvimento econômico ao inseri-los no mercado de trabalho”, comentou.

O ministro do Desenvolvimento Social afirmou que, após cada cidade definir a quantidade de imigrantes que irá receber, haverá um estudo social de refugiados para que as vocações atendam as necessidades de cada município. “O próximo passo é definir o perfil de cada um, e, de acordo com o banco de dados que fazemos aqui, definir qual cidade possui oportunidades que se encaixem com as diferentes aptidões, e aí sim planejarmos o voo”, pontuou.