Ao menos 16 pessoas estão desaparecidas após o desabamento do vão central da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os estados do Maranhão e Tocantins. O incidente ocorreu na tarde de domingo (22), sobre o Rio Tocantins, e foi confirmado nesta segunda-feira (23) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Até o momento, uma morte foi registrada, e outra pessoa encontra-se hospitalizada, segundo informações preliminares da Defesa Civil de Estreito (MA).
O colapso da ponte, localizada na BR-226, resultou na queda de dez veículos, incluindo quatro caminhões, quatro automóveis e três motocicletas. A rodovia foi interditada, e as buscas pelos desaparecidos foram temporariamente suspensas devido a relatos de que um dos caminhões transportava materiais perigosos, como ácido sulfúrico e agrotóxicos.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, informou que equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estão a caminho para avaliar a situação e investigar as causas do acidente. Ele também planeja visitar o local com os governadores do Maranhão, Carlos Brandão, e do Tocantins, Wanderlei Barbosa, para discutir soluções emergenciais, como a construção de uma ponte provisória em parceria com o Exército.
O inspetor da PRF, Antônio Noberto, destacou que equipamentos especiais estão sendo mobilizados para possibilitar a retomada das buscas com maior segurança. “Os números que temos são iniciais. Estamos verificando placas e registros de veículos para identificar as vítimas”, explicou. Segundo ele, há preocupação crescente devido à contaminação ambiental e às condições climáticas desfavoráveis, como chuvas intensas na região.
Alerta ambiental e impactos no abastecimento
Com a suspeita de contaminação do Rio Tocantins, as secretarias ambientais do Maranhão e do Tocantins emitiram alertas para que a população evite consumir água ou tomar banho no rio. No Maranhão, a recomendação é direcionada especialmente para os municípios de Estreito, Porto Franco, Campestre, Ribamar Fiquene, Imperatriz, entre outros.
Em Imperatriz, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) decidiu interromper temporariamente os sistemas de captação e tratamento de água, afetando o abastecimento local. A cidade está a pouco mais de 120 km do local do acidente e utiliza água do Rio Tocantins para abastecimento.