Cotidiano

Empresário contesta versão de irmão de foragido que é acusado de assalto

O empresário J. A. S. procurou a Folha  para dar sua versão sobre a matéria publicada na edição de ontem, na qual Milchelson dos Santos, 39,  irmão do foragido Elivelton do Santos, suspeito  de estar envolvido em um esquema de roubo  contra o próprio  J. A. S., em janeiro deste ano, afirma que Elivelton é inocente e que o empresário estaria armando contra a sua família.
Conforme o empresário, todas as alegações feitas por Michelson são falsas. “Eles atentaram contra a minha vida no começo do ano e agora estão caluniando sobre mim e a minha família”, disse. Na matéria em que  Michelson acusa o empresário, ele alega que o irmão está sendo “vítima de uma suposta armação”, pois além de ser acusado de um crime que não cometeu,  Elivelton teria feito um empréstimo com o empresário, já pago, mas mesmo assim o empresário teria invadido dois sítios da família, fazendo ameaças.
Conforme o empresário  J. A. S., todos os suspeitos envolvidos no crime, principalmente  Elivelton do Santos, são pessoas “frias e calculistas”.  “O Elivelton trabalhou para mim. Até a polícia desvendar que ele também estava envolvido no assalto que eu sofri e em outro assalto, eu nem desconfiava do que ele era capaz. Pois ele sempre foi muito cordial e profissional comigo, às vezes até demais”, frisou o empresário.
“No começo, eu pedi para que ele regularizasse três terrenos para mim e logo depois me ajudasse a comprar mais um. Acontece que ele, sempre muito prestativo, me vendeu um dos terrenos dele por R$40.000,00 , já que eu havia pedido para ele me ajudar a achar um terreno para comprar. Eu paguei adiantado. Enquanto isso, ele foi enrolando para me passar o terreno. Quando a polícia nos procurou para falar que ele estava envolvido no assalto que eu sofri, foi um choque. Eu sofri demais”, frisou o empresário.
Quanto às acusações de ter invadido o terreno da família dos irmãos, o empresário alega que jamais teve qualquer tipo de envolvimento com alguém da família de Elivelton, além do próprio. “Eu o contratei para trabalhar para mim e nunca o vi na sua residência ou coisa do tipo. Foi  Elivelton que ofereceu um dos terrenos da família para ficar no lugar do que eu já havia pago, mas que não foi transferido. Eu estou aqui para dizer que tudo isso é uma grande mentira e que não aguento mais ser prejudicado por essa gente”, relatou J. A .S .
CASO –  O empresário foi assaltado no começo de janeiro. A vítima levou um tiro e teve sua Hilux, placa OAD-2079, e mais R$12 mil levados pelos ladrões. Agentes da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DRRFVAT) identificaram, no início da semana, os quatro homens envolvidos no assalto, dos quais dois foram presos preventivamente.
Na ocasião do assalto, a vítima entregava uma mercadoria em frente a um comércio quando foi abordada por três homens com os rostos descobertos, um deles armados. O empresário foi baleado assim que reagiu. Os bandidos levaram a Hilux e o dinheiro. À noite, o carro foi encontrado incendiado no Anel Viário. O empresário fez cirurgia e foi se tratar fora do Estado.
No dia 1º de julho passado, os mesmos acusados assaltaram outro empresário, quando foram presos em flagrante. Foi detectada então a possibilidade de alguns dos presos terem participação no crime de janeiro contra  J. A. S.
Quando a matéria do caso foi divulgada, o empresário reconheceu três dos quatro assaltantes presos: Marcicleide Batista Vieira (quem estava de posse da pistola e atirou contra J. A. S.), Jenderson Cardoso Pereira, sobrinho de Marcicleide, e Elivelton dos Santos Vieira, que é irmão de Marcicleide. Este último não participou diretamente do assalto, mas foi o mentor, pois teria prestado serviços à vítima.
O delegado informou que, no assalto ocorrido contra o empresário E. F. S, no mês de julho, Elivelton participou diretamente do crime, pois o irmão dele, Marcicleide, conhecia a vítima. “Neste caso, Elivelton chegou a atirar em direção ao empresário, que não foi atingido. As investigações apontam que ele e o bando agem com violência contra as vítimas, que preferencialmente são empresários. Outro detalhe sobre esta quadrilha é que, quando eles identificam um alvo fácil, planejam o crime, mas aquele que conhece a vítima não participa diretamente. Fica na cobertura”, detalhou o delegado.
Dos quatro homens presos no mês de julho, somente Jenderson Pereira permanece preso. Ao ser ouvido na delegacia especializada, ele foi reconhecido por testemunhas e por J. A. S., o empresário assaltado em janeiro.
Marcicleide foi preso na manhã  do domingo, dia 7, em frente à sua casa, no bairro Cambará, zona Oeste. O mandado de prisão preventiva contra Jenderson foi cumprido na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na zona Rural. E Elivelton está foragido.
Qualquer informação que leve à prisão de Elivelton pode ser repassada à Central Integrada de Operações Especiais, pelo 190 ou 197, ou para o Disque Denúncia 181.