O juiz plantonista Air Marin Junior autorizou a exumação e cremação do corpo de Ágatha Barreto Novaes Romeu, de seis anos de idade. Ela e a avó Jane Maria de Oliveira Guedes, 49 anos, morreram no acidente entre carro e carreta ocorrido no sábado (21), na rodovia federal BR-174, em Iracema, Sul de Roraima.
O caminhoneiro fugiu sem prestar socorro às vítimas e ainda não foi localizado. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanha o caso e o acidente é investigado pela Polícia Civil do Estado.
Outras quatro pessoas estavam no veículo de passeio – duas foram hospitalizadas e duas saíram ilesas. No dia anterior, Ágatha Barreto participou da formatura do ABC no Instituto Educacional João Calvino, a escola onde ela estudava.
O pedido para a exumação do corpo, sepultado no Cemitério Campo da Saudade, foi formulado pela mãe Brenda Kettery Barreto Xavier, por meio dos advogados Samuel Lopes e Adenilson Lima.
Ela alegou forte abalo emocional causado pela morte da filha e disse ter se arrependido do sepultamento, porque lembrou que a criança tinha medo do escuro e dormia com a luz acesa. Para Brenda, a cremação seria a melhor forma de honrar a memória de Ágatha.
Brenda Kettery decidiu procurar a Justiça após ser informada pelo cemitério de que esse procedimento depende de autorização judicial e que a cerimônia de cremação só é realizada às terças-feiras. Segundo Samuel Lopes, o corpo deve começar a ser removido por volta das 8h desta terça-feira (24).
Ao conceder o pedido urgente, o juiz disse que “a demora na autorização da cremação implica em manutenção de um sofrimento desnecessário à mãe enlutada”. Por outro lado, o magistrado negou que o Estado arcasse com os custos fúnebres, porque isso não cabe apreciação no plantão por demandar “maior instrução probatória e contraditório”.