No calendário tradicional ou “folhinhas”, o primeiro dia do ano (1º de Janeiro) aparece como data da “Confraternização Universal”, a chegada de mais um ano. No entanto, esta celebração não acontece na mesma data em todos os países do Mundo. Nem tampouco em horários coincidentes. No Japão, por exemplo, a passagem do ano (que eles chamam de: “Toshigam”), começa à meia-noite, quando no Brasil é meio-dia (12h). E, um detalhe: O “Ano Novo”, para os japoneses, começa no dia 1º e vai até o dia 15 de janeiro. No dia 15 celebra-se o “pequeno Ano-Novo” (koshougatsu).
Nas comunidades judaicas, o calendário seguido é chamado de “Lunar”. O mês é chamado de “Tishrê” (mês de renovação) e começa em setembro e vai até outubro. O “Rosh Hashaná”, ou Ano Novo, é comemorado em dois dias.
Nos países islâmicos, o Ano Novo é celebrado em maio, período do aniversário da Hégira (em árabe, “emigração”).
Já na China, se faz uma associação das semelhanças entre as características dos seres humanos e de animais (e, isto serve até para se fazer previsões sobre o futuro das pessoas e do próprio país). A “Virada do Ano” ocorre no 23º dia do último mês lunar e o povo se manifesta executando diversos rituais específicos, geralmente com temas ligados à animais.
Ainda neste ano de 2024, é o Ano do Dragão, que iniciou em 10/02/2024 e irá até 28/01/2025. Logo após, no dia seguinte, será o Ano da Serpente, que vai de 29 de janeiro de 2025 a 16 de fevereiro de 2026. A serpente, que rege a energia do novo ciclo, representa sabedoria, estratégia e intuição, além de se manifestar nas filosofias e nas artes, operando como formas de expressão.
No Brasil, no sincretismo religioso, IANSÃ será o Orixá Regente para o ano de 2025, irradiando Energia da Lua para renascer o Amor e fortalecer a Fé. A crença diz que Iansã ajuda a enfrentar os desafios com o coração cheio de esperança. É o Orixá dos ventos, tempestades, furacões, chuva e raios. Iansã é a Padroeira dos mercados e madrinha do Corpo de Bombeiros, protetora contra os raios e trovões
Na Igreja Católica, Iansã é sincretizada com Santa Bárbara. O sincretismo religioso é um fenômeno que ocorre quando elementos de diferentes tradições religiosas são combinados em uma única prática ou crença. A sincretização entre Iansã e Santa Bárbara foi uma forma de os africanos escravizados terem liberdade para cultuar os seus ritos religiosos. Eparrei Iansã.
“Eparrei Iansã” é uma saudação ao orixá Iansã, que significa “Salve o raio, Iansã!”. Para fazer a saudação, é preciso oscilar as mãos de forma enérgica, apontando-as para o alto,
Para quem não sabe, os Orixás são ancestrais divinizados que se manifestam nos elementos do cosmos, dos seres vivos, dos fenômenos naturais, dos elementos da natureza e dos sentimentos imanados aos seres humanos.
Os Yorubás, um dos maiores grupos étnicos da África, vivem em sua maioria no oeste da Nigéria. Nessa sociedade tradicional, originou-se, em sua religião, o culto idolátrico ao orixá Iansã. Durante muitos anos, a fé yorubá foi difundida e ramificada dentro do continente africano, mas foi só com o tráfico negreiro que a América (especialmente Brasil e Cuba) passou a conhecê-la.
O surgimento das religiões afro-brasileiras se deu por meio da fusão da cultura de sacerdotes africanos escravizados que passaram a cultuar mais de um orixá. Assim, surgiram religiões como o Candomblé e a Umbanda.
No Horóscopo, o planeta Júpiter será o astro regente de 2025 e é considerado “O grande benéfico do Universo”, promete uma nova fase com grandes transformações pessoais e coletivas e que devem permanecer até boa parte de 2026.
Já em alguns países do ocidente a comemoração começa antes do dia 31 de dezembro e em horários diferenciados. No Brasil, a tradição recomenda que o ano novo seja iniciado à meia-noite do dia 31 de dezembro, sendo festejado até a manhã seguinte, 1º Janeiro.
Nos países em que a comemoração do Ano Novo começa a partir da meia-noite de 31 de dezembro, acontece a reunião das famílias, confraternização entre amigos e desejos de boa sorte. Todos ficam em vigília até o horário da meia-noite, à espera da hora em que o relógio aponta o primeiro minuto, anunciando a chegada de um novo ano, muitas são as congratulações.
A principal simbologia do ano novo está em vestir roupa branca, como sinal de paz. A bebida mais utilizada nos festejos da virada de ano é o champanhe.
Quanto aos Fogos de artifício, nas cidades em que há praias, são realizados shows com fogos de artifício, uma forma de comunicação de que o ano novo já chegou. Em outros casos, há oferendas de alimentos, flores e bebidas para os deuses da religião afro-brasileira (Candomblé, Umbanda, entre outras). O principal deles é Iemanjá. Na umbanda, ela é considerada a rainha do mar.
Outra tradição do ano novo é a Ceia. No preparo, ingredientes como lentilha, diversos grãos, romã, frutas com grãos vermelhos e alimentos que representam a prosperidade. Essa tradição já está tão arraigada que algumas pessoas fazem até mesmo simpatia com tais alimentos: guardar sete sementes de romã na carteira. Assim, dizem, não faltará dinheiro em todo o ano.
Mais do que a história e crenças do ano novo, vale a pena entender que o real sentido do ano novo deve estar em cada indivíduo. Para isso, fazer realmente valer a pena e não deixar que a simbologia esteja presente apenas no momento da virada.
E, quanto a você, já definiu as suas metas para este ano de 2025? Como vai planejar sua vida, sua carreira profissional, sua Família? O que você pretende fazer neste Novo Ano?
Por fim, relembre o que foi bom. E, se um dia lá na frente, a vida te der uma ré, recupere a sua fé e recomece novamente.
