Governo pretende manter isenção do IR para até dois salários mínimos em 2025 - Folha BV

Economia

Governo pretende manter isenção do IR para até dois salários mínimos em 2025

Proposta será enviada após eleições das Mesas Diretoras no Congresso Nacional

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O governo federal planeja manter a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até dois salários mínimos em 2025. A confirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira (14). Ele destacou que a medida segue uma orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A implementação dessa mudança está condicionada à aprovação de um projeto de lei que atualizará o Orçamento de 2025. Esse projeto, no entanto, só será enviado após as eleições para as Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Segundo Haddad, o governo está considerando uma atualização na tabela do IR para acompanhar o aumento do salário mínimo.

“Atualmente, a faixa de isenção está em R$ 2.824 por mês, equivalente a dois salários mínimos de 2024. Com o reajuste do mínimo para R$ 1.518, a isenção passaria para R$ 3.036 em 2025. Essa atualização faz parte do nosso esforço para corrigir distorções e garantir maior justiça tributária”, explicou o ministro.

Reforma do IR em etapas

Além da isenção, Haddad destacou que o governo está trabalhando em uma reforma mais ampla do Imposto de Renda. A proposta será enviada em etapas e abrangerá diversos projetos de lei, com foco na redução de distorções e na promoção da neutralidade fiscal.

“Não será uma única lei capaz de resolver todas as questões do sistema de renda. Estamos estruturando as medidas de forma gradual, priorizando a consistência e a aplicabilidade das mudanças”, afirmou.

Sanção da reforma tributária do consumo

Ainda nesta semana, o presidente Lula deverá sancionar a regulamentação da reforma tributária do consumo, aprovada pelo Congresso em dezembro. De acordo com Haddad, o texto passará por ajustes técnicos pontuais antes da sanção presidencial, mas a essência da proposta será mantida.

“Encaminhamos os pontos a serem vetados para a AGU e a Casa Civil. Esses vetos são técnicos e visam evitar problemas de interpretação e aplicação. Não comprometem o núcleo da reforma”, explicou o ministro.

O governo espera que as medidas tributárias impulsionem a justiça fiscal e modernizem o sistema tributário brasileiro, promovendo maior eficiência e equidade na arrecadação.

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