Azul e Gol assinam acordo para possível fusão entre as companhias aéreas

A união das duas empresas, busca fortalecer suas operações, representando cerca de 60% do mercado doméstico

Avião da Azul fabricado pela Embraer no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP) (Foto: Divulgação/Forbes Brasil)
Avião da Azul fabricado pela Embraer no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP) (Foto: Divulgação/Forbes Brasil)

A companhia aérea Azul e a Abra Group, controladora da concorrente Gol, anunciaram nesta quarta-feira (15) um comunicado de entendimento para iniciar as negociações de uma futura fusão entre as empresas. Caso a união ocorra, a nova empresa concederá 60% do mercado aéreo do país.

Pelo memorando, a fusão depende do fim da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, prevista para abril. A nova empresa terá três conselheiros da Abra, holding que controla a Gol e a Avianca, três da Azul e três independentes.

O presidente do conselho da futura companhia (chairman em inglês) será indicado pela Abra e o diretor-executivo (CEO, na sigla em inglês) será indicado pela Azul. Dessa forma, o CEO da Azul, John Rodgerson, assumirá a presidência do novo grupo após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovarem a fusão, o que está previsto para 2026.

A união das duas empresas, busca fortalecer suas operações em um momento desafiador para companhias aéreas, onde representam cerca de 60% do mercado doméstico, superando os 40% da concorrente Latam, segundo dados da Anac.

Companhias em atividade

As marcas Gol e Azul continuarão a existir de forma independente, mas as duas aéreas poderão compartilhar aeronaves, com uma companhia fazendo voos da outra, de modo a aumentar a ligação entre grandes cidades e destinos regionais.

Nenhuma das duas companhias fará novos investimentos financeiros para a fusão, que envolverá somente ativos já disponíveis. A Azul também continuará a comprar aviões da Embraer e a buscar sinergias em voos internacionais.

“Caso implementada a operação, a Azul e a Gol manterão seus certificados operacionais segregados sob uma única entidade resultante listada, sendo esperado que outras áreas sejam combinadas para oferecer mais oportunidades e produtos aos clientes e obter ganhos de eficiência”, afirmou a Azul no comunicado.

*Com dados de Agência Brasil e Forbes