Apoio emocional nas escolas: Rede estadual de ensino se prepara para o ano letivo

As 371 escolas na rede estadual de ensino são atendidas pela Divisão de Desenvolvimento Psicossocial Escolar (Dipse), da Secretaria de educação

A FolhaBV conversou com a psicóloga Sirlene Souza dos Santos, da Divisão de Desenvolvimento Psicossocial Escolar da Seed (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)
A FolhaBV conversou com a psicóloga Sirlene Souza dos Santos, da Divisão de Desenvolvimento Psicossocial Escolar da Seed (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Com a proximidade do início do ano letivo de 2025 da rede pública estadual de ensino, a FolhaBV procurou saber de que forma o estado tem se preparado para lidar com o bem-estar emocional dos alunos. As aulas iniciam em 30 de janeiro, para 77.687 estudantes nas 371 escolas na rede estadual de ensino, conforme dados do Censo Escolar 2023.

No retorno das aulas, é comum os estudantes sentirem uma ansiedade, que pode ser boa ou ruim. Conforme a psicóloga Sirlene Souza dos Santos, da Divisão de Desenvolvimento Psicossocial Escolar (Dipse), da Secretaria de Estado da Educação e Desporto (Seed), o que determina é como foi a experiência dele durante o recesso escolar. Porém, independente do período do ano, ela disse que as demandas são constantes e o acolhimento psicossocial também.

“As férias em casa podem ser agradáveis, mas também podem causar sofrimento aos alunos, dependendo da família e da condição dele. Esses casos são os que mais chegam até a gente neste início, mas também no ano inteiro. No retorno das aulas, a gente costuma ir às escolas para dar boas-vindas a eles junto com a gestão e conversar um pouco”, afirmou.

Foto: Nilzete Franco/FolhaBV

A profissional ressaltou que, durante todo o ano letivo, é realizado o acolhimento e orientação psicossocial não só a estudantes, mas também aos seus familiares e servidores das instituições.

“São 20 psicólogos que circulam em todas as escolas da capital e interior. Nossa prioridade são as demandas das escolas. Temos professores orientadores nesses locais, que percebem o problema e, se necessário, encaminham a demanda para cá. A partir daí, fazemos o atendimento direto ou vamos à escola para orientar a gestão. A depender da demanda, encaminhamos para a rede de saúde ou de proteção, mas vamos seguir acompanhando”, informou.

Quando não há demanda, ela explicou que também são realizadas visitas técnicas esporádicas nas escolas. Nesses momentos, são esclarecidas dúvidas e feitos atendimentos espontâneos aos alunos e servidores.

A psicóloga afirmou que as demandas têm crescido cada vez mais ao longo dos anos. Segundo ela, a atual geração tem enfrentado uma condição de fragilidade maior e isso tem ocorrido devido a fatores como bullying, ansiedade e uso constante de telas.

“Esta geração tem tido dificuldade de lidar com limites e o ‘não’. Então, surge uma necessidade ainda maior de atender a essas demandas de forma que eles possam crescer no controle emocional sem ir para situações extremas, como o bullying”, disse.

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