O prefeito de Mucajaí, Chiquinho Rufino (Republicanos), relatou no programa Agenda da Semana deste domingo (19) a situação crítica em que encontrou o município após assumir a gestão. Segundo ele, “encontramos o município de Mucajaí com uma dívida de R$ 52 milhões”. Ele explicou que a maior parte dessas dívidas é com a Receita Federal, incluindo parcelas atrasadas de patronal e precatórios.
“Recurso próprio, hoje o município não tem um real na conta. O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que entrou foi todo usado para pagar essas dívidas”, detalhou o prefeito. Ele também mencionou que os precatórios somam R$ 8 milhões de débitos acumulados em 2024 e previstos para 2025.
Chiquinho afirmou que as informações contábeis do município só foram acessadas integralmente após a posse, o que dificultou a transição. “A gestão passada disse que deixou R$ 18 milhões em conta, mas esse montante é proveniente de convênios federais, que não podem ser usados para despesas de folha de pagamento ou fornecedores”, esclareceu.
Dentre as medidas emergenciais, foi decretada a suspensão de todos os contratos e convênios para revisão detalhada. O prefeito destacou irregularidades em licitações, como aquisições de veículos não entregues. “Encontramos contratos na saúde que previam a compra de micro-ondas, vans e caminhonetes, mas os materiais não foram localizados”, afirmou.
Outro problema identificado foi a situação da coleta de lixo, paralisada há meses antes da posse. “Das oito vilas do município, apenas uma ambulância estava funcionando, e a coleta de lixo estava suspensa havia 30 dias na sede e até 90 dias no interior. Retomamos esses serviços imediatamente”, informou o prefeito. Ele garantiu que os calendários de coleta já estão disponíveis no site e nas redes sociais da prefeitura.
A gestão também pretende conduzir auditorias e disponibilizar os processos para órgãos de controle. “Assim que concluirmos a revisão, as providências serão tomadas”, finalizou.