Preço de frutas e vegetais aumenta com estiagem

Com o período de estiagem no Brasil, é comum que haja aumento no preço de frutas e legumes em feiras populares devido à diminuição na produção. Ao contrário de anos anteriores, em que a época causava prejuízo em vendas para muitos, vendedores parecem enxergar o cenário atual como positivo, mesmo com o aumento médio de R$ 1 em produtos tanto de Roraima quanto de outros Estados.

Valdemar dos Santos, que vende frutas na Feira do Passarão, bairro São Vicente, há quase 16 anos, comentou que boa parte de seu estoque é de fora do Estado e se limitou a mencionar que a estiagem interferiu somente na venda da banana e do abacate. A primeira, que antes estava a R$ 3 o quilo, foi para R$ 4. O abacate, que custava R$ 8, pulou para R$ 10.

“O abacate é uma fruta muito difícil de ‘se criar’ em Roraima por causa do clima, mesma coisa com a uva, e isso reflete no frete nessa época, pelo menos só no caso do abacate. As bananas, que costumo pegar aqui no Estado mesmo, estão com o aumento por causa da seca que vem sendo sentida. Mas, mesmo assim, já tive que fazer ‘saltos’ mais drásticos de preço do que este”, destacou.

A comerciante Aldiney Araújo, que trabalha com vendas há mais de dez anos, explicou que seus produtos, vindos de fora do Estado, estão passando por esse aumento. O tomate da sua venda, que antes custava R$ 6 o quilo, aumentou para R$ 7. Já a batata, passou de R$ 4 para R$ 5.

“Eu não tenho o que reclamar, em comparação com o ano passado, por exemplo. É claro que as vendas reduzem neste período do ano, principalmente por causa de clientes que já sabem do aumento de preço nessa época, mas eu não venho sentindo prejuízo. A batata mesmo, eu paguei R$ 160 pela saca de 40 quilos para esse período. Quando aconteceu a greve dos caminhoneiros, estava custando R$ 200”, comentou.

O feirante Sergio Mundaray, que comercializa produtos de origem roraimense, explicou que o quilo do pimentão passou de R$ 4 para R$ 5 o quilo. A pimenta doce foi de R$ 5 para R$ 6 e o tomate pulou de R$ 5 para R$ 6.

“Estou aqui há pouco tempo, seis meses, e percebi que existe o interesse de muitos por produtos que são regionais. Por isso venho investindo nisso e vejo que está funcionando agora, pois os produtos daqui acabam sendo valorizados nesses períodos em que a seca atinge tantos lugares do Brasil, afetando o frete”, explicou. (P.B)