Quatro policiais que atuam na Força Tática da Polícia Militar de Roraima, foram presos durante a operação ‘Quem pariu Mateus que o embale’ desencadeada na manhã desta quarta-feira, 29, pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) e a Polícia Civil. Os mandados foram executados nos bairros Alvorada, Liberdade, Tancredo Neves e Raiar do Sol, todos na Zona Oeste de Boa Vista.
Segundo informações preliminares, eles são suspeitos de ficar com parte da droga apreendida durante uma ocorrência registrada no mês de novembro de 2024. As investigações apontam que os policiais apreenderam mais de 70 kg de drogas durante a abordagem, no entanto só apresentaram os 55 kg na delegacia.
A operação cumpriu além dos mandados de prisão, mandados de busca e apreensão na residência dos policiais.
A ação foi coordenada pelo Ministério Público do Estado de Roraima, que informou por meio da Promotoria de Justiça de Controle externo da Atividade Policial, que os policiais são investigados pela Promotoria de Justiça pela prática de vários crimes durante uma abordagem policial a um traficante. “A investigação terá desdobramentos e, por enquanto, permanece sob sigilo”, acrescentou o MPRR.
Os conduzidos foram encaminhados para as unidades policiais, onde passarão pelos procedimentos formais antes de serem apresentados à Polícia Militar.
Sobre o nome da operação
O nome da operação remete ao ditado popular “Quem Pariu Mateus que Embale”. Significa que a responsabilidade sobre uma situação cabe exclusivamente a quem a criou. O ditado é utilizado, geralmente, quando alguém quer dizer que não vai cuidar dos filhos dos outros, reforçando que alguém deve lidar com as consequências de seus próprios atos.
A reportagem procurou a Polícia Militar que informou que colabora com as investigações, e que os policiais irão passar por audiência de custódia. Confira a nota na íntegra;
A Polícia Militar de Roraima vem a público esclarecer que colabora integralmente com as investigações, fornecendo todas as informações solicitadas pelos órgãos competentes e adotando as medidas necessárias para o total esclarecimento dos fatos.
Informa que a Corregedoria-Geral da PMRR acompanhou a execução da ordem judicial juntamente com um oficial da corporação.
A prisão dos militares é temporária e ainda passarão por audiência de custódia, na qual serão avaliados os fundamentos que motivaram a detenção dos envolvidos.
A PMRR reafirma o compromisso com a transparência, a ética e a legalidade, não tolerando condutas que comprometam a confiança e o respeito da sociedade na corporação militar.
