Cotidiano

População do país é a favor da educação sexual nas escolas

De acordo com o Datafolha, o percentual é maior entre pessoas com nível superior, principalmente mulheres

Alvo de ataques de conservadores e religiosos nos últimos anos, a ampla discussão sobre educação sexual nas escolas é defendida pela grande maioria da população do país. É o que aponta pesquisa recente realizada pelo instituto Datafolha.

O levantamento ouviu 2.077 em 130 municípios nos dias 18 e 19 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Sobre a educação sexual, 54% dos entrevistados afirmaram ser favorável a discussão do tema. Nesse sentido, as mulheres são a grande a maioria, com 56% contra 52% dos homens.

A pesquisa apontou ainda que quanto maior a escolaridade, maior também é a aceitação sobre o debate do assunto em sala de aula. 63% desse público é formado por pessoas com nível superior, contra 54% de nível médio e 49% de nível fundamental.

Apesar de haver consentimento maior, o tema divide mais a opinião da população. 35% das pessoas concordam totalmente, tendo o mesmo percentual daqueles desaprovam totalmente. A oposição à educação sexual só é superior em dois grupos: Entre os que dizem ter votado no presidente Jair Bolsonaro (54% discordam com a adoção do tema) e entre os evangélicos (53%).

Já sobre política, 71% apoiam o debate do tema nas escolas (54% apoiam totalmente). O percentual de apoio é maior do que a discordância em todos os recortes analisados pelo instituto, seja por idade, renda, religião e preferência partidária.

Assim como o debate sobre a educação sexual, o assunto político nas salas de aula cresce de acordo com a escolaridade. Entre aqueles que têm ensino superior, 83% concordam com a afirmação de que esse tema deve estar presente nas escolas, 72% possuem nível médio e 62% tem nível fundamental.

Entre os 28% dos que se opõem à discussão política nas aulas, 20% dizem discordar totalmente. Os outros 8% discordam em parte. 1% não soube responder a pergunta.

*INFORMAÇÕES: Jornal Folha de São Paulo.