Suspeito de mandar matar jovem na porta de casa é preso no interior do Pará

Didi estava foragido desde do dia 12 de abril de 2023, data do homicídio de Juliane Feitosa Araújo, de 23 anos

Elielson estava foragido desde abril de 2023 (Foto: Divulgação)

Elielson da Silva, o Didi, de 32 anos, suspeito de mandar matar Juliane Feitosa Araújo, de 23 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (4), um ano e nove meses depois do crime. Ele foi localizado em Novo Progresso (PA), a 1,5 quilômetros da capital Belém.

A vítima foi assassinada na porta de casa, no dia 12 de abril de 2023, no bairro Doutor Silvio Leite, na zona Oeste de Boa Vista. Na época, o homicídio teve bastante repercussão e vídeos de câmeras de segurança registraram o momento do crime.

A prisão ocorreu após os policiais militares do 46° Batalhão da Polícia Militar do Pará receberem informações de que Elielson estaria em frente a um hotel. Após a abordagem e revista pessoal, foi confirmado que ele possuía um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal do Tribunal do Júri de Roraima pelos crimes de homicídio e roubo.

Depois da prisão, ele foi encaminhado à Delegacia de Polícia do Município, onde após passar pelos trâmites legais, deverá ser transferido para Roraima, para o cumprimento da pena.

Prisão ocorreu no município de Novo Progresso, no Pará (Foto: Divulgação)

O crime

Juliane estava sentada em uma cadeira na calçada em frente de casa, na rua Murilo Teixeira, enquanto conversava com algumas pessoas. Por volta das 20h30, um homem a pé parou próximo ao grupo.

Em uma rápida ação, ele teria tomado o celular da mão de Juliane e atirado quatro vezes no tórax de lado esquerdo. A filha da jovem, de seis anos, teria visto o momento.

O homem fugiu correndo após a ação e câmeras próximas do local registraram o momento em que ele entrou em um veículo modelo Chevrolet Prisma prata, que o esperava na esquina.

A Polícia Militar foi acionada e realizou buscas para localizar o autor do crime, mas não obteve sucesso.

Juliane foi morta com pelo menos dois tiros (Foto: Arquivo Pessoal)

Buscas por resposta

Em julho do ano passado (um ano e dois meses após a morte de Juliane), familiares da vítima procuraram à Folha para pedir respostas da Polícia Civil, pois até aquela época, Elielson continuava foragido.

Agora, quase dois anos após o crime e a prisão do suspeito, em entrevista exclusiva à Folha, Giovana Araújo, de 28 anos, irmã de Juliane, disse sentir um misto de sentimentos.

“Eu quero gritar para o mundo que esse homem foi preso. É um misto de sentimentos. Não estamos 100% felizes porque a minha irmã morreu e nada vai trazer ela de volta, mas de certa forma, dá uma revigorada na gente”, comentou Giovana.

Conforme ela, a localização de Elielson só foi possível graças ao apoio de um policial militar de Roraima, que fez a ponte entre policiais dos possíveis locais onde o foragido poderia estar. “Eu quero agradecer demais ao Roney Cruz, que não mediu esforços para que ele (Elielson) fosse preso. Ele não me deixou perder as esperanças e sempre disse que ia dar certo”, finalizou Giovana.