Médico pede demissão e pacientes ficam sem atendimento no Caps II

Direção da unidade diz que uma médica deve assumir a agenda com os pacientes desassistidos a partir de sexta-feira (7)

O Caps II fica localizado no bairro Mecejana (Foto: José Magno/FolhaBV)
O Caps II fica localizado no bairro Mecejana (Foto: José Magno/FolhaBV)

Pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps II), no bairro Mecejana, na zona Oeste de Boa Vista, denunciaram dificuldades no atendimento da unidade, incluindo a falta de médicos, a interrupção na renovação de receitas e a ausência de medicações. Relatos indicam que, desde janeiro, a unidade aguarda a chegada de um novo profissional para suprir a demanda.

Uma das denúncias recebidas pela Folha afirma que pacientes foram informados de que não poderiam ser atendidos por outros profissionais e deveriam recorrer ao canal 156 para registrar reclamações.

“Nos ligaram dizendo que nosso médico não trabalha mais no Caps II e que não poderíamos ser atendidos por outro. Enquanto isso, ficamos sem medicação e sem renovação das receitas”, relatou uma mulher, que pediu anonimato.

O que diz o Caps II

Em nota (que pode ser lida completamente ao final da reportagem) divulgada pela tarde, a direção do Caps II informou que um médico psiquiatra que atuava na unidade pediu exoneração e que, a partir de sexta-feira (7), uma nova profissional assumirá os atendimentos dos pacientes que ficaram sem acompanhamento. A direção corrigiu a informação divulgada pela manhã de que três psiquiatras haviam pedido demissão.

Ainda segundo o órgão, os pacientes seguiram recebendo receitas para evitar a interrupção dos tratamentos. Sobre a falta de medicamentos, a direção esclareceu que os processos administrativos para reposição estão em andamento e o estoque deve ser normalizado em breve.

Nota completa

A direção do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) informou que um médico psiquiatra que atendia na unidade pediu exoneração. A partir do dia 07/02, a unidade contará com uma médica para assumir a agenda com os pacientes que estavam sem atendimento.

Ainda segundo a direção, os pacientes não ficaram desamparados e continuaram recebendo as receitas para não interromper o tratamento. Quanto às medicações, os processos administrativos estão em andamento e o estoque deve ser normalizado.