Polícia

Polinter cumpre mandados de prisão na Capital e Interior

Também participaram das ações agentes de Mucajaí, com apoio logístico do Dopes, bem como a Dicap e ainda apoio operacional da 3ª Companhia Independente de Policia Militar de Fronteira

Nas primeiras horas da manhã de quarta-feira, 9, policiais civis em parceria com policiais militares e a Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) cumpriram dois mandados de prisão na região Sul do Estado e dois na capital.

Na Vicinal Santa Rosa, Vila do Itã, município de Caracaraí, agentes da Polinter prenderam um agricultor de 66 anos contra o qual havia um mandado de prisão preventiva expedido pelo juízo da Vara de Crimes Contra Vulneráveis de Boa Vista.

Segundo as informações, o idoso responde à ação penal de estupro de vulnerável como prevê o art. 217-A do Código Penal Brasileiro (CPB), em virtude de ter praticado, em tese, ato de conjunção carnal que levou à gravidez da própria neta que à época tinha 11 anos de idade. Por ocasião de sua prisão, ele foi flagrado portando uma arma de fogo e foi autuado em flagrante por porte ilegal conforme disposto no art. 14 da Lei 10.826/2003.

Em seguida, a equipe foi à Vila Novo Paraíso e lá, com militares locais, capturou a foragida Dhuli Damasceno dos Santos, 21 anos, apelidada de “765” ou “Nêga”, que integra uma organização criminosa e é condenada à pena de 12 anos de reclusão em regime inicial fechado, embora estivesse há mais de dois anos foragida por descumprir regras da prisão domiciliar.

Dhuli Damasceno dos Santos, conhecida como “765”, é sentenciada em crimes de roubo com aumento de pena (Foto: Divulgação/Polinter)

Ela foi beneficiada para ficar em prisão domiciliar para cuidar do filho, recém-nascido, e frequentar escola, mas a prisão foi convertida em prisão preventiva lavrada pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Boa Vista. Vale ressaltar que “765” é sentenciada nos crimes de roubo com aumento de pena pelo concurso de duas ou mais pessoas, restrição da liberdade das vítimas combinada com furto majorado pelo repouso noturno e qualificado pelo rompimento de obstáculo e concurso de pessoas, na forma de concurso material, crimes previstos nos artigos 157, 155 e 69 do CPB.

Tais fatos ocorreram numa única noite, no dia 16 de janeiro de 2016, caracterizando uma espécie de arrastão de crimes patrimoniais em que a condenada e outros sete indivíduos roubaram diversas vítimas na capital, em especial torturaram um casal física e psicologicamente, depois de roubarem sua picape e outros objetos, amarrarem e amordaçarem as vítimas, deixando a mulher só de camisola e o homem de cueca, abandonando os dois na região do Anel Viário.

Em seguida, praticando outros roubos e o arrombamento com o próprio veículo de uma loja de eletroeletrônicos. Parte do bando foi presa numa barreira de uma rodovia federal. Conforme a Polícia Interestadual (Polinter) é preciso destacar o fato de que “765” encontra-se no quinto mês de gestação.

Na sequência, já em Boa Vista, no bairro Caranã, em cumprimento a uma prisão preventiva cujo mandado foi expedido pela 1° Vara do Tribunal do Júri, a equipe prendeu o mecânico Osmar Raposo Ramos Filho, 36 anos, condenado a cinco anos de reclusão em regime inicial semiaberto pela prática de tentativa de homicídio qualificado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões de sexo feminino (feminicídio). Ele vai responder pelos crimes descritos no art. 121 associado ao art. 14 do CPB. A tentativa de homicídio foi contra a ex-companheira.

Na manhã de segunda-feira, 7, no bairro Buritis, a Polinter cumpriu a prisão do técnico em enfermagem Andreaza Borges Sá, de 33 anos, vulgo “Fulinha”, condenado pela Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas à pena de 16 anos e 6 meses de reclusão pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas com aumento de pena por ocorrer em estabelecimento prisional, conforme os arts. 33, 35 e 40 da Lei 11.343/2006).

Todos os presos colaboraram com as execuções das medidas. Depois dos procedimentos na delegacia e exames de integridade física, o idoso que responde por estupro, apesar do mandado de prisão, foi entregue na Central de Custódia, a fim de ser submetido à audiência de apresentação judicial em razão do flagrante por porte de arma. “765” foi levada para a Cadeia Feminina. Filho foi recolhido às dependências da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) e “Fulinha” para a Cadeia Pública de Boa Vista.

A Polícia Civil reforçou que, qualquer pessoa que tenha informações sobre o paradeiro de foragidos da Justiça, poderá fazer denúncia por meio dos telefones 190, 197 e (95) 99142-9017, diretamente com a Polinter, sendo assegurado o anonimato da fonte.

Além dos agentes da Polinter, também participaram das ações agentes da Delegacia de Polícia de Mucajaí, com apoio logístico do Departamento de Operações Policiais Especiais (Dopes) da Polícia Civil, bem como a Dicap da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc) e ainda apoio operacional da 3ª Companhia Independente de Policia Militar de Fronteira (CIPMFRON) com homens do 3º Pelotão da Vila de Novo Paraíso, com sede em Caracaraí. Todo o trabalho foi coordenado pelo delegado Juraci Ribeiro da Rocha. (J.B)