Cotidiano

Você na Folha debate Posse de Armas

Você concorda com o decreto presidencial que flexibiliza a posse de arma? Por quê?

FABRÍCIO ARAÚJO

Colaborador da Folha

O decreto para facilitação da posse de arma, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), prevê a exigência de cofre nas residências que tenham crianças, adolescentes ou pessoas com deficiência mental e libera a posse para moradores das áreas rurais e cidades com índice de criminalidade mais alto. O texto ainda prevê a declaração de necessidade para a posse e o limite de quatro armas por interessado.

O que você acha desse decreto da posse de arma? Por quê?

Alice Noronha, 19 anos, estudante (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Eu não sou a favor da posse de armas porque acho que é muito perigoso tanto para crianças, quanto para gente desequilibrada. Eles dizem que terá exames para isto, mas, com a lei que já temos, as pessoas já têm armas de forma ilegal, imagina sendo legal. Já acontece tanta besteira. Tem pessoas que querem para se ‘mostrar’. Imagina uma pessoa dessa bêbada, faz uma confusão por besteira e tira a vida de outra”.

Katrina Letícia, 31 anos, enfermeira (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Eu não concordo com isto não. Porque violência gera mais violência, não tem como curar a falta de segurança com mais violência. Por exemplo, se um bandido vem assaltar, é mais seguro se você estiver sem arma. Se você possuir uma arma, o bandido vai pensar em matar logo para não correr o risco de você também sacar uma arma e dar um tiro primeiro. Não acho que isso seja a solução para ‘curar’ a violência”.

Johnathan Braga, 34 anos, empresário (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Eu acho esse decreto perfeito. Todo cidadão deve ter o direito de ‘portar’ arma para poder se defender da falta de segurança. Do jeito que o País está e que o nosso Estado também está, acredito, sim, que esta seja uma solução para que a população tenha alguma defesa quanto à insegurança”.

Regylane de Freitas, 32 anos, consultora ótica (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Eu acho que isto não vai interferir nada na vida do cidadão. Nem todo mundo vai poder comprar uma arma, acredito que isto só irá prejudicar a população de baixa renda. Vai continuar a mesma coisa que já estava acontecendo que é só os ricos terem o ‘porte’ de arma e os pobres continuarão sem ter como se defender”.

Geremias Anjos Azevedo, 37 anos, policial militar (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Eu discordo. Não é armando a população que vai resolver o problema da violência no País. Acredito que influenciará diretamente na violência ter toda a população armada. O presidente tem que resolver o problema econômico, tributário e trabalhista. Nós temos problemas mais complexos e mais agudos do que armar a população. Isto é um devaneio. A população como um todo precisa de segurança e não é armando que vai trazer segurança para o País”.

Wagner Leal costa, 53 anos, policial militar (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)

“Acho que é muito bom, porque hoje só quem está armado são os bandidos e quem precisa estar armada é a sociedade. Os bandidos precisam ficar desarmados. Olha, nos Estados Unidos, 99% da população é armada e o índice de homicídios é bem menor que o do Brasil. Porque só quem esta armado no Brasil hoje são os bandidos”.

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