
Com a chegada do Carnaval, a aglomeração e o contato próximo entre foliões aumentam os riscos de transmissão de doenças. Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), doenças respiratórias e aquelas transmitidas pela saliva, como herpes labial e mononucleose, estão entre as principais preocupações médicas. Para evitar complicações e garantir uma folia segura, o infectologista Marcelo Cordeiro destaca que a prevenção é fundamental.
“Usar preservativos em todas as relações sexuais, evitar compartilhar copos e garrafas e manter uma boa higiene são atitudes essenciais. Além disso, é importante se manter hidratado e moderar o consumo de álcool”, orientou Marcelo.
Prevenção contra ISTs
O uso correto de preservativos continua sendo a forma mais eficaz de prevenir ISTs como HIV e sífilis. Enquanto o HIV compromete o sistema imunológico, a sífilis é uma infecção bacteriana curável, mas que pode causar complicações graves se não tratada.
Outra preocupação é o papilomavírus humano (HPV), que pode ser transmitido por relações desprotegidas ou contato direto com a pele infectada. O vírus está associado a vários tipos de câncer, como o de colo do útero, ânus e orofaringe. A vacina contra o HPV, disponível no SUS para meninos e meninas de 9 a 14 anos, é uma das principais formas de prevenção.
A profilaxia pré-exposição (PrEP) também é uma alternativa para pessoas com maior risco de exposição ao HIV. Já a profilaxia pós-exposição (PEP) é indicada para situações de risco, como relações sexuais sem proteção, e deve ser iniciada em até 72 horas após a exposição.
Feridas genitais, alterações na pele, dor ao urinar e febre persistente podem ser sinais de ISTs. Nesses casos, buscar atendimento médico é essencial.
Doenças transmitidas pela saliva
Durante o Carnaval, também aumentam os casos de doenças como mononucleose e herpes labial, que podem ser transmitidas pelo contato direto ou pelo compartilhamento de objetos. Evitar dividir copos e talheres e manter uma boa higiene das mãos ajudam a reduzir o risco de infecção.
Cansaço extremo, febre prolongada e dor ao engolir são sintomas que exigem atenção. O acompanhamento médico pode ser necessário, especialmente em casos mais graves. Para prevenir o herpes labial, o ideal é evitar contato direto com feridas e não compartilhar itens pessoais. Se houver sintomas como bolhas nos lábios, ardência ou coceira, um médico deve ser consultado para avaliar o tratamento adequado.
Prevenção e segurança na folia
Adotar medidas preventivas é essencial para aproveitar o Carnaval com segurança. Além do uso de preservativos e higiene adequada, manter-se hidratado, moderar o consumo de álcool e priorizar o autocuidado fazem diferença.
“Se houver exposição a riscos ou sintomas de doenças, buscar atendimento médico rapidamente é fundamental. O cuidado com a saúde garante uma festa tranquila e segura”, concluiu Marcelo Cordeiro.