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Um soldado da Polícia Militar de Roraima (PMRR) e mais outras cinco pessoas viraram réus por suposta participação em um esquema ligado ao garimpo ilegal. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF), aceita pela Justiça Federal, cita crimes como extração ilegal de recursos minerais, posse ilegal de armas e prevaricação.
Os acusados tem até dez dias para apresentarem defesa à acusação. Caso não constituam constituam advogados de defesa, a Defensoria Pública da União (DPU) será acionada para representá-los. A Folha procurou a PMRR para falar sobre a investigação que mira o policial e aguarda retorno.
De acordo com a denúncia do MPF, os acusados foram flagrados com mais de dez toneladas de cassiterita e 837,75 gramas de ouro fundido sem autorização legal, configurado pelo órgão como crime de usurpação de bem da União.
Ainda de acordo com o órgão ministerial, dois acusados possuíam uma pistola 765 milímetros e um revólver Taurus, ambos com a numeração raspada. Eles foram indiciados por posse ilegal de armas de uso restrito.
As investigações, conduzidas pela Polícia Federal (PF), revelaram que os envolvidos atuavam em um esquema ilegal de beneficiamento e comercialização de minérios, com a exploração e armazenamento de grandes quantidades de cassiterita em um galpão localizado em Boa Vista.
No local, os agentes também apreenderam equipamentos utilizados na mineração ilegal, além de um forno e um cilindro para derretimento do ouro.
O soldado da PMRR atuava como segurança particular no local do crime e foi indiciado por prevaricação, por deixar de praticar suas funções legais por interesses ocultos, o que contraria seu dever legal enquanto policial.
Outro lado
Procurada pela FolhaBV, a Polícia Militar de Roraima informou que está ciente da denúncia contra o soldado e que tem colaborado integralmente com as investigações sobre o caso. Confira a nota completa abaixo.
A Polícia Militar de Roraima esclarece que tem colaborado integralmente com as investigações, fornecendo todas as informações solicitadas pelas autoridades e adotando as medidas necessárias para o total esclarecimento dos fatos.
Ressalta que todas as denúncias envolvendo integrantes da PMRR são apuradas pela Corregedoria-Geral por meio de procedimento administrativo, seja a partir de denúncias formais ou de ofício, quando a corporação toma conhecimento dos fatos.
A Polícia Militar de Roraima preza pela conduta da tropa e reafirma o compromisso com a transparência, a ética e a legalidade, não tolerando atitudes que comprometam a confiança e o respeito da sociedade na Instituição.