Trabalhadores de empresas terceirizadas estão acampadas desde as 9h da manhã dessa quarta-feira, 23, em frente ao Palácio Senador Hélio Campos. O ato tem o objetivo de pressionar o Governo sobre o pagamento dos sete meses de salários atrasados.
De acordo com Keith Marrone, 32 anos, líder do movimento, os servidores já não sabem mais o que fazer com as contas acumuladas. Muitas, inclusive, estão passando fome e acumulando dívidas, sem ter como pagar.
“Muitos de nós estamos sem ter o que comer. Eu tenho uma filha de dez meses que é especial e precisa tomar medicamento e leite, e não tenho como comprar, porque estou a sete meses sem receber”, afirmou.
Segundo outra manifestante, Leila Ribeiro, que também trabalha em outra empresa terceirizada, a situação é de desespero.
“Estamos clamando que o Governador, pague os atrasados, nós trabalhamos e precisamos receber, nossos filhos precisam comer e não tenho como pagar água, luz e nem como comprar comida”, completou.
Diante da situação, as manifestantes estão solicitando apoio das pessoas que possam fazer doações para ajudar os trabalhadores em pior situação financeira.
“Pedimos à população que puder nos ajudar de alguma forma, com água, comida e fraldas para nossas crianças, podem trazer até a barraca aqui no centro cívico. Não temos mais como nos manter e nem o que comer”, ressaltou.
OUTRO LADO – Por meio de nota, a Secretaria da Fazenda (Sefaz) informou após reunião realizada na quarta-feira, 23, ficou acordado que o Governo fará o pagamento em dia dos salários referentes ao ano de 2019.
“Após reunião realizada entre o governador Antonio Denarium, o secretário de Fazenda, Eduardo Pazuello e representantes de trabalhadores e das empresas terceirizadas, ficou acordado o pagamento dos valores referentes ao mês de janeiro, que deve ser realizado no próximo dia 4 de fevereiro, e que manterá em dia, os valores que são de responsabilidade da atual gestão”, destacou.
Com relação aos vencimentos atrasados, o Governo disse que os valores ficarão como ‘restos apagar’, comprometendo-se a quitar as parcelas quando houver disponibilidade financeira.