Jovem atirou contra lojas e casas em área nobre por vingança

Agentes do 1º Distrito Policial identificaram e prenderam o autor dos disparos que tinham como alvo diversas lojas e residências em Boa Vista. Os ataques eram contra empreendimentos na Avenida Ville Roy e em casas nos bairros Caçari e Paraviana. Os ataques começaram em dezembro do ano passado e o último registro foi no dia 18 de janeiro. O anúncio da prisão e detalhes sobre os crimes cometidos pelo suspeito foram revelados em uma entrevista coletiva realizada na Delegacia-Geral na tarde de ontem, 30.

Segundo os policiais, ele confessou os crimes e disse que teria iniciado a onda de ataques por que adquiriu raiva de pessoas de alto poder aquisitivo.

“Durante o interrogatório, o suspeito afirmou que tudo começou depois de uma briga de trânsito quando foi humilhado pela condição de inferioridade do carro que possuía. O que levou ele a alimentar um desejo de vingança pelas pessoas de condição social mais elevada”, afirmou a polícia.

Nos crimes, ele atirava com uma pistola Co2 4,5, que dispara munições tipo chumbinho. O consultório de um dentista e de um parlamentar foram alguns dos alvos dele. Ele foi preso por dano qualificado por motivo egoístico, mas responderá pelo crime em liberdade.

O suspeito identificado pelas iniciais H. B. S. X., 25 anos, atirou contra lojas na Avenida Ville Roy, Benjamim Constant, Mario Homem de Melo e algumas residências no bairro Caçari.

De acordo com o delegado titular do 1º DP, Rodrigo Gomides, a identificação do rapaz foi possível depois dos agentes chegarem a um número da placa do veículo do suspeito, registrada por uma câmera de vigilância em uma das residências.

Os agentes de investigação deram início às buscas através de um indício da placa. Depois de muito trabalho, com cerca de três mil veículos checados, conseguiram identificar o carro, proprietário e o condutor. O suspeito foi conduzido à delegacia e prestou depoimento, confessando os ataques a tiros às lojas e residências.

“Ele cometeu todos os atos sozinho com uma arma de tiro esportivo”, afirmou.

As empresas que registraram ocorrência sobre os ataques informaram à polícia que tiveram prejuízos, cada uma, de mais de R$ 10 mil, o que dá aproximadamente R$ 140 mil no total.