Política

Assembleia cria comissões especiais externas para sabatinar 9 gestores

Resoluções foram publicadas no Diário Oficial de ontem, da Assembleia, criando seis comissões para sabatinar nove gestores

As comissões especiais externas da Assembleia Legislativa que analisarão os nomes de nove gestores da Administração Indireta do Governo do Estado foram criadas, de acordo com resoluções da Mesa Diretora, publicadas no Diário Oficial do dia 26, ontem, da Assembleia. Foram criadas seis comissões.
Durante a sessão ordinária de ontem, o presidente em exercício, deputado Coronel Chagas (PRTB), pediu que as resoluções fossem lidas, o que motivou uma discussão entre ele e os líderes dos blocos partidários que compõem a base de apoio do governo na Casa, deputados Mecias de Jesus (PRB) e Soldado Sampaio (PC do B), e do líder do governo na ALE, deputado Brito Bezerra (PP).
Sampaio foi o primeiro a manifestar-se afirmando que o bloco do qual é líder, o G3, não foi consultado. Mecias, líder do G5, pediu que o presidente em exercício tornasse sem efeito as resoluções. “Reconhecemos a proporcionalidade, mas não reconhecemos a legalidade destes atos porque os blocos não foram informados”, disse.
Brito encaminhou documento à Mesa Diretora informando que não tinha sido oficiado de que deveria indicar os deputados que comporiam as comissões especiais para sabatinas e pediu que as resoluções fossem tornadas sem efeito. Membro do G3, Oleno Matos (PDT) usou o artigo 30 do Regimento Interno da Casa como argumento: “Os membros das comissões são designados pelo presidente por indicação dos líderes dos blocos”.
O presidente em exercício explicou que não havia necessidade de tornar as resoluções sem efeito e que, caso houvesse interesse, os líderes poderiam substituir os membros das comissões num prazo de cinco dias, ou seja, até segunda-feira, 2. O líder do governo sugeriu que o assunto fosse retirado de pauta para que na próxima sessão ordinária “fossem lidos os nomes dos deputados que farão parte das comissões de fato”.
O deputado George Melo, que atuava como 1º secretário da Mesa Diretora, leu as resoluções e, em protesto, a bancada de base do governo se retirou do plenário.