Promotora faz visita surpresa e pede rapidez em processo

Em reunião surpresa realizada no fim da manhã desta quarta-feira, 13, na sede da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), a promotora de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público de Roraima (MPRR), Dra Jeanne Sampaio questionou adjuntos da pasta e membros de comissão sobre problemas no andamento de processo referente à aquisição de medicamentos e materiais utilizados nas unidades que realização cirurgias de urgência.

Os questionamentos têm como base o grande número de reclamações de usuários e acompanhantes de pacientes da rede estadual de saúde, que frequentemente vem denunciando junto à mídia local os constantes cancelamentos de procedimentos cirúrgicos, em razão da falta de itens básicos.

“Várias situações foram vistas, especialmente com relação ao andamento dos processos emergenciais e anuais. A gente precisa que haja uma agilidade nessas questões, para que não chegue a um determinado ponto e tenha que realmente voltar ao início, sem que isso possa que representar uma ameaça a assistência adequada à população de Roraima. A gente quer que tudo isso que tá sendo feito chegue até o paciente, ou seja, que medicamento e material possa ser usado para essa finalidade. Do contrário, se não chegar, de nada vai vale todo o esforço”, destacou a promotora.

Promotora questiona Sesau from TV FOLHABV on Vimeo.

Além do MP, dos secretários adjuntos da Sesau, Dr. Roberto Riverton e Dr. Mário Maciel, e dos membros de comissões de saúde, a reunião contou ainda com a participação da presidente do Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR), Dra Rosa Leal. A possibilidade de uma nova interdição dos blocos que fazem cirurgias eletivas no Hospital Geral de Roraima (HGR) e Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN), inclusive, será discutida pelo conselho, em uma plenária prevista para o fim do dia.

“A suspensão de cirurgias é uma decisão que cabe ao CRM. Eu convidei a presidente do órgão para estar presente nessa reunião, para justamente saber exatamente o que está sendo feito. O Ministério Público não acha adequado que se suspenda de forma geral às cirurgias, porque mesmo diante dessas dificuldades, ainda há procedimentos que estão podendo acontecer. Se elas forem totalmente suspensas, a gente pode ter alguma dificuldade e aí vai ter que atuar caso a caso”, completou Jeanne.

Promotora questiona Sesau from TV FOLHABV on Vimeo.

Uma das soluções sugeridas pela promotora é que os presidentes de comissões façam apontamentos dos problemas mais recorrentes nos relatórios de cada núcleo responsável pelo agendamento de atividades, sejam elas cirúrgicas ou não.

“É necessário que estes problemas contem nos prontuários, para que a gente possa saber se um determinado paciente que ficou com sequela ou que tenha ido ao óbito, em conseqüência para si ou por conta do item em específico”, frisou.

Promotora questiona Sesau from TV FOLHABV on Vimeo.

Para o secretário adjunto da Sesau, Dr. Roberto Riverton Veras, a reunião com as duas entidades foi proveitosa, uma vez mostrou o empenho que a pasta tem adotado para resolver o problema.

“Quando nós assumimos a gestão em dezembro do ano passado, a situação de desabastecimento era completa. Nós tínhamos apenas um único contrato em andamento, a empresa em questão fez a entrega de parte do material, mas não de continuidade nos trâmites. Diante disso, nós tomamos todas as medidas necessárias para efetivar contratações emergenciais, parte desses processos já encaminhados, ainda enfrentamos algumas dificuldades por causa da descredibilidade que a Sesau tem no mercado, mas acredito que até o dia 30 os processos emergenciais estejam concluídos e as unidades abastecidas”, ressaltou o secretário.

A matéria completa você confere na Folha Impressa desta quinta-feira, 14.