Cotidiano

Cirurgias eletivas são suspensas mais uma vez

Segundo O CRM, a decisão se deu em razão do desabastecimento de medicamentos e falta de material cirúrgico

Em plenária realizada na noite dessa quarta-feira, 13, os membros do Conselho Regional de Roraima (CRM-RR) votaram por interdição ética das cirurgias eletivas no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN) e Hospital Geral de Roraima (HGR).

Segundo a assessoria da entidade, a decisão se deu em razão do desabastecimento de medicamentos e falta de material cirúrgico.

“O objetivo do CRM-RR é que a pouca quantidade de medicamentos e material médico-hospitalar existente nos hospitais garantam que as cirurgias de urgência/emergência possam ocorrer em segurança. Ou seja, para aqueles pacientes que chegam em situações graves às unidades hospitalares e precisam ser operados rapidamente (apendicite, ferimentos por arma de fogo ou arma branca, atropelamentos, gestações que precisam ser interrompidas cirurgicamente etc) consigam receber a cirurgia que pode salvar suas vidas”, destacou o CRM, em nota.

O órgão ressaltou ainda que a interdição será apenas temporária, até que o Estado consiga reabastecer as unidades com os medicamentos e material médico-hospitalares necessários para os procedimentos.

“Ao longo dos últimos anos, o CRM – RR tem acompanhado de perto todos os problemas existentes na saúde pública, e a cada fiscalização documentos com relatos minuciosos sobre a situação dos hospitais públicos são entregues a todos os órgãos competentes para que os problemas apontados sejam solucionados com eficiência”, completou.

Por fim, o CRM enfatizou que a decisão visa, sobretudo, que o médico tenha todas as condições de realizar o seu trabalho, e principalmente para garantir a vida e a segurança da população, que merece uma saúde digna e de qualidade. “No momento devido à falta de medicamentos e materiais médico-hospitalares isto não pode ser garantido”, concluiu.

A reportagem da FolhaWeb entrou em contato com o Governo do Estado e aguarda resposta