Qual é a primeira imagem que vem a sua cabeça quando você pensa em povos indígenas? Muitas vezes, as pessoas não aceitam que indígenas acoplem em sua cultura elementos das tecnologias ou outros objetos contemporâneos, com a proposta de desmitificar o estereotipo indígena, que o escritor roraimense e antropólogo irá lançar a obra ‘O preço da diferença’.
Seu quarto livro está em fase de produção e deverá ser publicado no segundo semestre com lançamento em Roraima. Atualmente, João Ponciano mora em Brasília e faz parte da Academia cruzeirense de letras.
“Essa temática me veio à cabeça por observar que muitas pessoas não aceitam que o indígena não seja mais aquele estereotipo de comunidade, que ele muitas pessoas já ouviram falar” relatou. João Ponciano já havia abordado Roraima em outras obras, o seu primeiro livro ‘Alto Alegre: Frente e Verso’ o autor conta sobre o desenvolvimento do município, lugar em que morou por vinte anos. Na lista de suas obras literária também fazem parte ‘Registro (Um varejo de mim’ e Vitrine do ócio: Poesias, crônicas, artigos e contos. Esse último está disponível no site https://clubedeautores.com.br/.
O autor faz parte da Academia cruzeirense de letras (Foto: Priscilla Torres/Folha BV)
Autor
João Ponciano de Oliveira Dias, roraimense nascido em 13 de fevereiro de 1951. Filho de José Ponciano dias e de Isabel Oliveira Dias, casado com Neuza Maria do Nascimento Dias com quem tem três filhos Jean Ponciano, Reinier Ponciano e Renan Ponciano.
Graduado em teologia no Amazonas e 1993 em antropologia pela Universidade Federal de Roraima em 1997, pós-graduado em saúde pública pela Fiocruz em 2000. Foi coordenador de saúde indígena do Estado de Roraima no período de 2001 a 2003 e Chefe do Distrito Sanitário Leste de Roraima Funasa de 2004 a 2007.
Por Tuas Férias
Quando você partiu
Eeu senti que não mas vivia
Os dias se passavam
Eu não mais sabia o que sentia
A dor transpassada de lado a lado
E sem saber chorava porem calado
O tempo como sempre,
passava e você não chegava
As noites, por poucos que fossem
Eu não mais aguentaria
Olhava O Céu, contemplar as estrelas.
Logo em seguida, dormia
Mesma acordado sonhava contigo
Vendo-te com outro sem ser meu amigo.
Da sala cozinha era rua que eu andava
O cigarro no bolso, pra quê?
Não parava.
Tudo isso por que?
Das férias que fostes a passar
E eu cá, enciumado fiquei a sofrer
Por João Ponciano