Polícia

Sindicato dos Garimpeiros denuncia furto de documentos

Um caso de furto de documentos fez com que o presidente da Cooperativa Mista dos Sócios do Sindicato dos Garimpeiros do Estado de Roraima (Comger), Crisnel Francisco Ramalho, procurasse a polícia para registrar um boletim de ocorrência e a Folha para denunciar o fato por temer ser vítima de falsidade ideológica.

Segundo o presidente, foram furtados recibo de prestação de contas do sindicato, Estatuto da Cooperativa Conger, documento emitido em 2013 pela Secretaria de Acompanhamento e Estudos Institucionais da Presidência da República e quatro folhas de cheques do Banco do Brasil.

“A cooperativa é totalmente legalizada. Há 22 anos, estamos nos preparando para que, se houver uma legalização da mineração, possamos participar por meio da cooperativa e do sindicato, apesar de ‘baderneiros’ querendo atrapalhar as coisas, afirmando que são presidentes de cooperativa, de sindicato, mas são mentiras. Em vez de se juntar para unir, preferem dificultar. Não posso dizer quem furtou os documentos, porque não vi, mas tenho suspeito”, explicou Ramalho.

O furto teria ocorrido semana passada, na residência do presidente da cooperativa, localizada na Rua João Padeiro, bairro Buritis, uma vez que o trabalho de escritório fica na Federação das Indústrias, mas as correspondências chegam ao endereço da vítima que supõe que alguém conhecido, que sabe da rotina da família, tenha sido o autor do crime. Apesar de ter suspeitos, Crisnel disse que não quer revelar nomes.

“Eu não extraviei e dou por furtado o Estatuto Social da Cooperativa que está registrado na Junta Comercial de Boa Vista com CNPJ, as folhas de cheque e um documento que veio especificamente para a cooperativa, sendo este do Conselho de Defesa Nacional que é ligado ao Gabinete Civil da Presidência da República. Nós trabalhamos desde o dia 15 de janeiro de 1991”, declarou o presidente do sindicato.

Por fim, Ramalho citou que não pode existir associação de garimpeiros se há um sindicato da categoria.

“É ilegal diante do art. 8o da Constituição Federal. Não pode ter duas associações filantrópicas em nome da mesma sociedade de pessoas trabalhadoras da classe civil. Eu estou organizando tudo porque temos a esperança de que o novo governo possa legalizar a mineração no Estado de Roraima e com o sumiço desses documentos, que foram furtados, teremos um prejuízo e tenho o medo de alguém usar de falsidade ideológica, copiar esses documentos e querer me comprometer de alguma forma”, concluiu Crisnel Ramalho.

O presidente do sindicato registrou o boletim de ocorrência no 2o DP. (J.B)