Cotidiano

Empresário aposta em delivery e fatura R$ 12 mil por mês

FABRÍCIO ARAÚJO

Colaborador da Folha

Imagine como deve ser poder comprar sem ter que se deslocar a um estabelecimento físico. A situação já é uma realidade há alguns anos por causa dos comércios on-line, mas a modalidade vem se transformando e ganhando cada vez mais força. Comprar produtos em sites já era uma prática comum, principalmente pela falta de algumas lojas em Roraima, mas já é possível fazer pedidos dessa forma mesmo de empresas que atuam no mercado local.

Iara Fernandes se tornou uma adepta do e-commerce (comércio eletrônico) há três anos, justamente pela falta de opções. Os produtos variam desde roupas, calçados, eletrodomésticos e até cosméticos. A praticidade de compra a tornou uma cliente fiel.

Depois disso, se tornou cliente de deliveries, que são entregas instantâneas de produtos, como comidas e remédios. De acordo com ela, este tipo de serviço ajuda muito na correria do dia a dia, principalmente quando parece que não vai sobrar tempo.

“Olha, eu acho muito prático. Seguro, depende, né? Pois eu procuro pesquisar muito sobre o site, procuro avaliações de outros consumidores, ter cuidado, pois existem muitos que aplicam golpes. No mais, super indico porque acho confortável,  mais barato e não preciso perder meu tempo pesquisando em todas as lojas da cidade”, declarou Iara.

Este tipo de negócio não é uma vantagem somente para os consumidores, mas também para empresários. Christopher Oliveira tem uma empresa que trabalha com doces e atende especificamente por delivery, ou seja, o foco é fazer a entrega na casa do cliente e não recebê-lo em um estabelecimento.

“Quando começamos, não tínhamos um local físico para atender os clientes e o outro motivo é que as pessoas preferem ter o produto em casa porque assim economizam gasolina, não passam estresse no trânsito e têm a tranquilidade e segurança de receber em casa”, declarou o empresário.

Christopher explicou ainda que a opção foi vantajosa porque não foi necessário um investimento inicial em condições para receber os clientes, como mesas e cadeiras. E atualmente o negócio tem um faturamento próximo a R$ 12 mil por mês, praticamente seis vezes o valor que faturavam inicialmente.

Economista afirma que modelo de delivery é o futuro do mercado

Para o economista Dorcílio Erik, com as possibilidades de cenários econômicos que podem ser vislumbradas, a tendência é que os serviços de delivery ganhem cada vez mais força, pois há a comodidade, que é um dos fatores essenciais para fazer com que um cliente se torne fiel a uma empresa. Mas também é necessário agregar qualidade e um bom preço para os consumidores.

“Qualquer empresa que possa ofertar um produto e fazer a entrega, independentemente de ter unidade física ou não, consegue atingir públicos muito maiores do que se tivesse só na prospecção de pessoas de uma região. Quando oferta a possibilidade de entregar o produto, gera uma comodidade para o cliente e, consequentemente, uma acepção maior pelo produto que está ofertando”, analisou o economista.

Embora haja um forte problema de violência em todo o País, Erik explicou que os empresários enxergam como riscos a inadimplência e a perda de faturamentos, e como o delivery exige identificação de forma de pagamento imediata, é investimento em que quase não há riscos.

“Eu vejo esta possibilidade como um fator de vantagem para aquele empresário que não tinha como investir na ampliação de uma unidade física ou de filiais, e desta forma consegue atender toda a demanda de uma cidade”, afirmou.