O calendário escolar da rede estadual que circulou nas redes sociais nessa terça-feira, 19, é falso. A informação foi confirmada em nota pela Secretaria de Educação e Desporto (Seed), que destacou ter sido criada uma comissão com representantes de vários setores e gestores das escolas, e a versão final será encaminhada para aprovação.
Na nota, foi justificado que durante a elaboração do calendário escolar, em um primeiro momento, foram traçadas diretrizes e uma versão foi “socializada” com os componentes da equipe para que fossem realizadas as adequações necessárias e enviada ao presidente da comissão.
A Folha questionou se há a possibilidade de as aulas não começarem em 7 de março, conforme divulgado pelo governo do Estado, e se está programada alguma reunião com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinter) para a elaboração do calendário escolar, porém, não houve resposta até a conclusão da matéria.
O governo do Estado também não informou quais os prazos previstos para a conclusão e apresentação do calendário escolar deste ano. A Folha tentou contato com o Sinter, mas não teve êxito.
ENTENDA – No dia 1º deste mês, o Poder Executivo informou o adiamento do retorno às aulas em toda a rede estadual. Elas seriam iniciadas em 4 de fevereiro. A justificativa dada na época era a necessidade de um processo de reorganização para “oferecer ensino com mais qualidade”. A questão orçamentária enfrentada pelo Estado também esteve entre as motivações para o adiamento.
No documento apresentado pela Seed, ressaltava-se como um dos fatores essenciais para melhoria da situação a adequação do Orçamento de 2019. As operações Tântalo e Zaragata, ambas da Polícia Federal, que investigam desvio de recursos públicos para a merenda e transporte escolar, respectivamente, também foram motivos dados para o adiamento.