Cotidiano

Donativos da ajuda humanitária são enviados para a fronteira

Iniciadas às 5h deste sábado, 23, as ações estão sendo acompanhadas pelas embaixadas da Venezuela, Estados Unidos e Governo Brasileiro

O tão esperado processo de envio de donativos da ajuda humanitária aos venezuelanos foi iniciado neste sábado, 23.

Ao todo, serão 178 toneladas de alimentos e medicamentos que serão transportados de Boa Vista até Pacaraima, cidade que faz fronteira com a venezuelanos Santa Elena de Uairén.

Além da comissão instituída pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, a ação conta com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos e ministérios da Defesa (MD) e de Relações Exteriores (MRE) do governo Bolsonaro.

A preparação dos alimentos e medicamentos, segundo informações obtidas pela FolhaWeb, foram iniciadas às 5h. O processo foi acompanhado pelos embaixadores da Venezuela, Maria Tereza Belandria; Estados Unidos, Willian Popp; e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo. A previsão de chegada a Pacaraima é as 8h.

Antes da entrega, a comitiva deve conceder uma entrevista coletiva aos veículos de comunicação que estão acompanhando a situação na cidade. A expectativa é que voluntários do país vizinho atravessem a fronteira para levar as doações para a Venezuela.

CLIMA DE TENSÃO – A aproximação da data de entrega dos donativos da ajuda humanitária fez com que as cidades de Pacaraima e Santa Elena de Uairén vivessem momentos de expectativa e apreensão, uma vez que o presidente Nicolás Maduro, determinou o fechamento da fronteira terrestre por motivos de segurança nacional.

O ditador acredita que a ajuda humanitária é nada menos que uma tentativa de incursão de uma intervenção estrangeira patrocinada pelos Estados Unidos.

Do lado brasileiro, a rotina desse o fechamento da fronteira foi de normalidade, apesar de muitos empresários locais terem optado por fechar seus estabelecimentos antes do horário e decidirem ir para a capital para esperar a situação se normalizar.

Já do lado venezuelano, a situação é tensa. Ontem, 22, um confronto entre indígenas e militares deixou dois mortos e pelo menos 15 feridos em Gran Sabana. Sete foram transferidos para Boa Vista com ferimentos provocados por arma de fogo, sendo que três deles estão em estado crítico no Hospital Geral de Roraima (HGR).

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), outras duas pessoas foram atendidas no Hospital Délio Tupinambá, em Pacaraima, com ferimentos leves. Elas foram medicadas e liberadas em seguida.

A equipe do Grupo Folha BV está na fronteira e trará mais informações sobre a chegada da ajuda humanitária ao venezuelanos.