INCENTIVO AO AUMENTO POPULACIONAL

Guiana vai dar quase R$ 3 mil para cada recém-nascido do País

País dono do maior PIB per capita da América Latina diz que iniciativa representa investir no futuro da nação

Mães prestigiam cerimônia de lançamento de programa da Guiana para custear bebês recém-nascidos (Foto: Divulgação)
Mães prestigiam cerimônia de lançamento de programa da Guiana para custear bebês recém-nascidos (Foto: Divulgação)

O presidente Irfaan Ali anunciou um programa que vai doar 100 mil dólares guianenses para cada criança nascida de mãe guianense em até uma semana após o parto. A doação individual equivale a aproximadamente R$ 2,8 mil.

A iniciativa deve beneficiar em torno de 17 mil recém-nascidos por ano – cerca de dois mil nascidos em 2025 serão os primeiros contemplados. O País, de 826 mil habitantes, alocou 1,3 bilhão de dólares guianenses (ou R$ 36 milhões).

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O líder da nação explicou que a subsídio é um direito fundamental, e não um privilégio, além de ser um investimento no futuro do País, e não um “fardo”. “Quando investimos em nossos filhos hoje, investimos no futuro de amanhã”, afirmou durante a cerimônia de lançamento do programa.

“Mais de 99% dos nascimentos ocorrem em hospitais. Os escritórios regionais de saúde, o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças garantirão que todas as mães recebam esse apoio na primeira semana de nascimento”, completou Ali.

Além da doação em dinheiro, a primeira-dama Arya Ali anunciou fraldas e lenços umedecidos a 600 mães. O governo também trabalha para agilizar a emissão de certidões de nascimento como parte dos esforços para melhorar o acesso a serviços essenciais.

Essas iniciativas integram um pacote estatal de políticas mais amplas de bem-estar social, destinadas a apoiar as famílias e fortalecer o desenvolvimento humano da Guiana – que tem o maior PIB per capita da América Latina, com 28,9 mil dólares americanos (ou R$ 167,3 mil), impulsionado pela descoberta de reservas de petróleo na região.

Os anúncios são feitos no mesmo ano das eleições presidenciais, previstas até novembro, em que Ali deve buscar a reeleição para mais cinco anos. Diferente do Brasil, o País não prevê o pleito em um mês específico e o voto não é obrigatório. Além disso, nas eleições gerais, os partidos designam um membro para ser o candidato a presidente – e o nome da sigla vencedora do pleito vira o presidente eleito da nação.

Atualmente, a Guiana protagoniza, com a Venezuela, tensões desencadeadas pela disputa em torno do território de Essequibo, que representa 74% da área guianense. Os dois países denunciam descumprimento de acordos internacionais relativos ao litígio.

*Com informações do Stabroek News

Perfil Lucas Luckezie
Lucas Luckezie Jornalista
Jornalista
Trabalha na Folha pela 2ª vez e já esteve na Câmara de Boa Vista, na afiliada local da TV Globo e colaborou com SporTV, Globo e CNN Brasil.
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