Cotidiano

‘Maior preocupação são os feridos com arma de fogo’

A instituição aumentou o número de leitos de 40 para 60, e transferiu alguns pacientes para os corredores do hospital

Para enfrentar o momento de crise no sistema de saúde do Estado, o Hospital Geral de Roraima vem adotando uma série de medidas para receber venezuelanos, vítimas dos conflitos que ocorrem além da fronteira entre os dois países. 


De acordo com o diretor do Hospital Geral de Roraima, Roger Caleffi, a maior preocupação é com feridos de arma de fogo. No momento existem três pacientes em estado extremamente grave, dois deles estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o terceiro no setor de trauma. 


“O que mais nos preocupa é a vinda de pacientes graves, que precisam passar por procedimentos cirúrgicos, eles estão sendo alojados no setor de grande trauma, que é onde ainda temos recursos para atender essas pessoas. A maioria das vítimas venezuelanas chega com ferimentos de tiros” explica.

A instituição aumentou o número de leitos de 40 para 60, e transferiu alguns pacientes para os corredores do hospital para que os venezuelanos sejam alojados. A secretaria de Saúde do Estado vem articulando com outros estados e do Ministério da Saúde para se preparar com a possibilidade de uma crise ainda maior. 


Essa medida foi tomada de forma emergencial para conseguir garantir o atendimento dessas vítimas, e também manter o funcionamento para a população roraimense.

De acordo com o diretor, o segundo problema que vem infringindo os funcionários do hospital é alojamento para os pacientes que poderão chegar.


“Se continuarmos com uma demanda igual a esses três últimos dias, não teríamos onde colocar esses pacientes, e nem condições de atender. Redistribuímos as equipes de médicos para atender a demanda, mas ainda temos um deficit grande nos setores de Enfermagem e Fisioterapia” informou.