
A justiça guianense decidiu libertar dois brasileiros presos em Lethem, na fronteira com o Brasil, com 26,2 milhões de dólares guianenses (ou R$ 727,3 mil) e por suspeita de tentar contrabandear ouro. Juntos, os acusados precisaram pagar mais de 1 milhão de dólares guianenses (ou aproximadamente R$ 29,7 mil) em troca da liberdade.
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Elizangela Regia de Oliveira Almeida, de 40 anos, foi libertada após cinco dias mediante mediante pagamento de 75 mil dólares guianenses (ou aproximadamente R$ 2 mil). Albina Filho Alves Vieira, 39, embora não tenha comparecido ao tribunal, foi posto em liberdade com a condição de pagar 1 milhão de dólares guianenses (ou R$ 27,7 mil). Ambos moram em Boa Vista, capital de Roraima.
No caso de Elizangela, a juíza do caso, Faith McGusty, estabeleceu a fiança com a condição de que ela compareça à Justiça na terceira quarta-feira de cada mês. A magistrada não apresentou acusação contra outro envolvido no episódio.
A imprensa guianense detalha que, durante a audiência, a brasileira se declarou inocente e disse ter comprado o ouro de um policial não autorizado pelo Conselho de Ouro da Guiana (GGB).
O advogado dela, Bernard da Silva, sustentou que o minério pertence a um agente da Unidade de Crime Organizado Especial da Polícia da Guiana (Socu) e que ela agiu em nome de seu patrão que trabalha em Bartica, uma cidade 120 quilômetros distante da capital Georgetown. Além disso, ele afirmou que o caso pode ser punido com multa.
O promotor da Socu, David Brathwaite, se opôs à fiança ao destacar o valor envolvido na apreensão. Ele acrescentou que mais acusações devem ser feitas contra a brasileira e ainda alegou ainda que o endereço fornecido por ela ao tribunal não correspondia ao que a Socu tinha registrado.
O advogado, por sua vez, argumentou que a cliente tinha direito à presunção de inocência. Em relação à discrepância de endereço, o tradutor da Socu confirmou que o mesmo endereço foi fornecido no tribunal.
No tribunal, a melhor amiga do acusado disse que estava disposta a pagar fiança por ela e que a brasileira ficaria em sua casa para garantir que todos os requisitos de fiança fossem atendidos.