FABRÍCIO ARAÚJO
Colaborador da Folha
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo do Estado de Roraima (Sintraima) e estudantes que fizeram a primeira fase do concurso da Polícia Militar estiveram presentes na sessão da Assembleia Legislativa (ALE-RR) que ocorreu ontem, 26, para pressionar os deputados sobre a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Os concurseiros já afirmaram que marcarão presença em todas as sessões da ALE até que a LOA seja votada e haja a confirmação de que serão destinados os recursos necessários para manter as próximas fases do concurso da Polícia Militar, que terá as classificações da primeira fase divulgadas nesta quinta-feira, 28.
“Eu não acho que tenha condições [de realocar recursos] não, eu tenho é certeza. Além da Saúde, a Segurança já está um caos, não sei por que o governador ainda não decretou que há um caos oficialmente”, declarou um dos líderes do movimento de concurseiros, Eder Escórcio.
SERVIDORES – Em 2017, houve a aprovação de Planos de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCRs) para os servidores públicos, mas ainda não foram colocados em prática. E por este motivo o Sintraima marcou presença na sessão de ontem da ALE.
“O governador Denarium coloca toda a alegação em cima da crise financeira, mas foi bandeira de campanha dele que dinheiro tinha e faltava gestão, e agora estamos em busca da gestão do governador em relação a isso. Em campanha, ele levantou a bandeira de que os PCCRs seriam efetivados em 2019 sem nenhum problema e agora na contramão disso ele busca declarar inconstitucionalidade”, afirmou o presidente do Sintraima, Francisco Figueira.
SEM SUCESSO – Parte da sessão foi dedicada ao prefeito de Gran Sabana, Emílio González, e ao presidente da Câmara de Vereadores de Pacaraima, que trataram da crise na fronteira.
Mas, para frustração dos sindicalistas e dos concurseiros, os recursos para a continuidade do concurso e para a efetivação dos PCCRs não foram discutidos, embora houvesse o aceno de alguns representantes da Casa que se mostraram favoráveis aos manifestantes, como Tayla Peres (PRTB) e Jeferson Alves (PTB).