(*) Amilcar Júnior – jornalista e cronista.
Garganta inflamada, dor no corpo, tosse seca e cansaço. Acordei e logo desconfiei de uma virose. O dia estava nublado, chuvoso e eu com aquela sensação de mal-estar, todo “moído”, febril. Então, deixei passar a hora do almoço, peguei meu cartão do SUS e fui até a UBS José Júlio, no Centro da sede do Uiramutã.
Passava das 16h da quarta-feira, dia 12, quando entrei no posto de saúde. Na recepção, apenas um idoso sentado aguardava atendimento. Meio cabisbaixo, então me dirigi até o balcão e duas servidoras me atenderam. “Boa tarde. O senhor trouxe o cartão do SUS?”, perguntou uma delas. “Sim”, respondi.
Em poucos minutos, muito educada, a atendente fez minha ficha e perguntou-me por qual dos dois médicos eu queria ser atendido. Respondi: “qualquer um”. Logo em seguida, ela me encaminhou ao setor de triagem, onde me pesei (73.5 Kg) e aferi minha pressão (14 por 7). “Está um pouco alta, meu senhor”, disse-me a técnica de enfermagem.
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Minutos depois, a jovem servidora me encaminhou a uma médica, duas salas à direita do setor de triagem.
-Toc-toc, toc! – bati à porta.
– Pode entrar – respondeu a médica.
Paulista, a doutora me recebeu com aquele sorriso e depois começamos a conversar. Pronto. Papo vai, papo vem… nem parecia mais que estava em uma UBS. Batemos papo por mais de 20 minutos e só depois entramos na consulta.
– O que o senhor está sentindo? – perguntou-me.
Então, contei meus sintomas e a médica em seguida aviou-me a receita.
“É uma virose, seu Amilcar. Tome as medicações nos horários certos que daqui a três dias o senhor estará bonzinho”, tranquilizou-me.
Depois da boa conversa, agradeci a médica pela atenciosa consulta e peguei a receita. Foi quando percebi que ela havia me passado cinco medicamentos: Paracetamol 500 Mg, Nimesulida 100 Mg, Dexclorfemiramina 2 Mg, Ambroxol Cloridrato 6 Mg, Amoxilina 500 Mg e Ácido Ascórbico 500 Mg. Logo pensei: “Caracas. Tô ruim, mesmo!”.
Então, com passos tímidos, fui à farmácia da UBS bem na frente da sala da médica. Lá, um rapaz de poucas palavras, mas também educado, pegou a receita, foi até a prateleira e começou a separar meus remédios. Tinha os cinco.
Confesso, logo me veio à cabeça: “atendimento humanizado, eficiente, respeitoso e acolhedor. Sinceramente, nunca pensei que encontraria isso no Uiramutã. Pois é…”.
Olhei em seguida para o relógio no meu celular e já passava das 16h30. Então, peguei o xarope da tosse e os comprimidos, agradeci pelo bom atendimento, dei boa tarde a todos na recepção e fui para casa.
Oh, virose da moléstia…
“As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Jornal”