Cotidiano

Autoridades de saúde entram em alerta após mortes em Manaus

A confirmação de 12 mortes pelo vírus influenza A (H1N1) e mais duas pelo sincicial respiratório, registradas em Manaus e no interior do Amazonas, deixaram as autoridades de saúde de Roraima em estado de alerta. A afirmação é da gerente do Núcleo de Controle de Doenças Exantemáticas da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Aryuska Menezes, em entrevista à Folha.

“Já estamos emitindo um alerta para todas as UBS das unidades hospitalares para a possibilidade de termos algum caso suspeito e se que tomem as providências de isolar o paciente e investigar para evitar um surto”, disse. “Mas não descartamos o perigo, já que a melhor forma de prevenção é a vacina e não atingimos a meta vacinal no ano passado. Esse vírus pode entrar em Roraima e causar um surto, mas por não estarmos no período de inverno isso dificulta a circulação dele”, afirmou.  

Uma das possibilidades citadas por ela, caso o vírus venha a ser detectado no Estado, seria a antecipação da campanha de vacinação, prevista para o mês de abril. “Mas ainda não vimos essa antecipação como necessária”, avaliou.

Ela lembrou que em 2018 foram nove casos confirmados de H1N1 em Roraima, porém ressaltou que não há casos de novos subtipos da influenza, o que seria muito preocupante. “Esse vírus que está circulando no Amazonas é do mesmo tipo que já tivemos no Brasil”, informou.

Aryuska tranquilizou a população afirmando que o período de inverno em Roraima é diferente de outros Estados, o que, segundo ela, dificulta a circulação do vírus.

“Isso não impede que possa ter um surto no Estado, mas faz com que as pessoas não fiquem propensas a novos casos por não estarmos no inverno”, explicou.

Sobre os cuidados e medidas de prevenção que a população deve ter, principalmente neste período de carnaval, Aryusca citou a higiene com as mãos.

“É bom sempre que pegar alguma coisa lavar as mãos com álcool em gel, e pessoas gripadas devem evitar sair para a rua, inclusive crianças, que não devem ir para a escola, pois não se sabe o que pode estar circulando”, disse.

Quanto às mortes ocorridas no Amazonas, Aryusca citou que se tratou de pessoas que já apresentavam alguma doença e tiveram a situação agravada devido ao vírus.

“Por isso, destacamos a importância da vacina para pessoas do grupo de risco, que podem desenvolver um quadro mais grave da doença, por serem hipertensas, diabéticas, terem doenças do coração, pulmonares ou serem soropositivos”, concluiu.