Saúde e Bem-estar

Mês da mulher: Confira quais exames femininos realizar em cada etapa da vida

Especialistas recomendam que os exames preventivos sejam realizados de acordo com a faixa etária, permitindo a identificação precoce de alterações e a adoção de medidas terapêuticas adequadas

Exame de mamografia deve ser feito a partir dos 40 anos; já o autoexame é recomendado para mulheres a partir dos 25 anos (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)
Exame de mamografia deve ser feito a partir dos 40 anos; já o autoexame é recomendado para mulheres a partir dos 25 anos (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

Março, mês que homenageia as conquistas femininas, também reforça a importância da prevenção e do autocuidado. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o câncer de mama é o mais comum entre as brasileiras – com uma estimativa de 74 mil novos casos para o triênio 2023-2025 – enquanto a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) indica que cerca de 36 milhões de mulheres, entre 25 e 64 anos, nunca realizaram o exame de Papanicolau, essencial para a detecção precoce do câncer do colo do útero.

Especialistas recomendam que os exames preventivos sejam realizados de acordo com a faixa etária, permitindo a identificação precoce de alterações e a adoção de medidas terapêuticas adequadas. Confira abaixo os exames indicados para cada etapa da vida:

Até os 20 anos

  1. Exame ginecológico – Realizado anualmente a partir da primeira menstruação ou do início da vida sexual.
        Objetivo: Identificar infecções urinárias, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), síndrome dos ovários policísticos (SOP) e alterações hormonais.

Dos 21 aos 30 anos

  1. Exame de Papanicolau – Recomendado a partir dos 25 anos ou antes, se a mulher já for sexualmente ativa.
        Objetivo: Detectar alterações no colo do útero, infecções pelo HPV e prevenir o câncer cervical.
  2. Ecografia pélvica – Utilizada para avaliar útero e ovários, acompanhando condições como cistos, miomas e endometriose.
        Objetivo: Identificar alterações anatômicas e condições ginecológicas que possam requerer acompanhamento.
  3. Hemograma e exames de rotina – Incluem análise do perfil lipídico, glicemia e avaliação das funções renal e hepática.
        Objetivo: Detectar precocemente condições como diabetes, hipertensão e alterações cardiovasculares.

Dos 31 aos 40 anos

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  1. Mamografia (com indicação médica) – Indicada para mulheres com histórico familiar de câncer de mama; pode ser associada à tomossíntese para maior precisão.
        Objetivo: Detectar alterações iniciais e identificar nódulos suspeitos.
  2. Ecografia das mamas – Complementa a mamografia, especialmente em mulheres com mamas densas.
        Objetivo: Identificar nódulos e cistos benignos.
  3. Continuidade do Papanicolau e ecografia pélvica – Mantém a rotina de prevenção para o câncer do colo do útero e avaliação geral da saúde ginecológica.
  4. Exames hormonais – Avaliam desequilíbrios que podem afetar o ciclo menstrual, a fertilidade e o metabolismo.
        Objetivo: Detectar disfunções da tireoide, síndrome dos ovários policísticos e outras alterações hormonais.

A partir dos 40 anos

  1. Mamografia anual – Recomendação de rotina para a detecção precoce do câncer de mama, independentemente de histórico familiar.
  2. Check-up cardiovascular – Composto por eletrocardiograma, teste ergométrico e análises de colesterol e glicemia.
        Objetivo: Identificar doenças cardíacas, hipertensão e outros riscos cardiovasculares.
  3. Densitometria óssea (se houver fatores de risco) – Avalia a saúde dos ossos para detectar osteopenia ou osteoporose.
        Objetivo: Prevenir fraturas e monitorar a saúde óssea.

A partir dos 50 anos

  1. Colonoscopia – Indicada para o rastreamento do câncer colorretal, realizada a cada 5 a 10 anos conforme orientação médica.
  2. Densitometria óssea de rotina – Recomendada a cada dois anos para monitoramento contínuo da densidade óssea.
        Objetivo: Prevenir complicações associadas à osteoporose.

A adoção de uma rotina de exames, alinhada a um estilo de vida saudável, é fundamental para a detecção precoce de alterações silenciosas e para a manutenção da qualidade de vida. A definição do cronograma ideal de avaliações deve ser feita em conjunto com o médico, considerando o histórico pessoal e os fatores de risco individuais.

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