SEM PREVISÃO

Família gasta mil reais por mês com medicamento indisponível há dois meses na rede estadual

Em nota, a Sesau informou que o remédio é fornecido pelo Ministério da Saúde e aguarda envio.

Cada caixa do medicamento custa aproximadamente R$ 250. Foto: reprodução
Cada caixa do medicamento custa aproximadamente R$ 250. Foto: reprodução

Os familiares de um paciente, de 40 anos, diagnosticado com esquizofrenia, denunciaram a falta do medicamento Clozapina na rede pública de saúde de Roraima há dois meses. Sem previsão de reposição, a família têm arcado com os custos do remédio.

De acordo com o irmão do paciente, na segunda-feira (18) foi à Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica (CGAF) para uma nova tentativa de retirada do medicamento. No local foi informado que não havia o remédio e nem previsão de abastecimento.

“Meus pais não têm condições de continuar comprando. É um valor muito alto, e ele não pode ficar sem o medicamento porque fica agressivo”, relatou o homem, que acrescentou que o irmão precisa tomar quatro comprimidos por dia, totalizando 120 comprimidos por mês. Cada caixa do medicamento custa aproximadamente R$ 250, o que resulta em um gasto de R$ 1.000 mensais.

A situação estaria mais complicada, segundo o denunciante, porque o medicamento também está indisponível nas farmácias da capital. Diante da urgência, o familiar precisou viajar na noite dessa terça-feira (19) para Manaus para adquirir o antipsicótico, indicado para casos graves de esquizofrenia.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) para obter um posicionamento sobre a falta do medicamento e a previsão de reposição. Em nota, a secretaria informou que o remédio é fornecido pelo Ministério da Saúde e aguarda envio.

A Secretaria de Saúde esclarece que o fornecimento do medicamento é de responsabilidade do Ministério da Saúde. Dessa forma, a Sesau aguarda o envio para então atender a demanda.

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