Mais uma vez a aprovação da resolução que determina o pagamento de subsídios para os presidentes de comissões permanentes e da Mesa Diretoria da Câmara Municipal de Boa Vista foi motivo de discussão entre os vereadores, durante sessão ordinária realizada na manhã de ontem.
Durante a leitura e votação da ata da sessão anterior, em que foi aprovada a resolução, o vice-líder da prefeita Teresa Surita (PMDB) na Câmara, vereador Mauricélio Fernandes (PMDB) pediu que a votação fosse nominal e não simbólica, como queria o presidente da Casa, vereador Edilberto Veras (PP). Outros vereadores também defenderam a votação nominal, mas não foram atendidos.
Em entrevista à imprensa, Mauricélio esclareceu que quando um vereador pede que a votação seja nominal, o presidente da Mesa Diretora não pode negar o pedido, de acordo com o Regimento Interno da Casa. “Não podemos nos omitir quanto ao descumprimento do Regime Interno pela Mesa Diretora. Mais uma vez, o presidente Edilberto Veras atropelou o regimento e não concedeu a votação nominal. Nossa intenção era que a população soubesse o posicionamento de cada vereador em relação a esse assunto”, afirmou.
A 1ª secretária da Mesa Diretora, vereadora Aline Rezende (PRTB), explicou que os parlamentares “tornaram a sessão um tumulto”. “Na hora da leitura, o presidente solicitou que eu lesse. Nesse momento, os vereadores tornaram a sessão um tumulto e ficou impossível que eu desse continuidade à leitura da ata”, afirmou. Depois de toda a polêmica, a ata da sessão foi aprovada em votação simbólica.
RESOLUÇÃO – A Resolução 025/2015 determina que os presidentes das comissões e membros da Mesa Diretora da Casa, exceto o presidente, recebam R$ 8 mil, cada. De acordo com a vereadora Aline Rezende, a resolução segue orientação da assessoria jurídica da Câmara. “Seguimos o que é feito nos poderes dos demais âmbitos. O que nos foi orientado foi feito e o presidente está certo”, afirmou.
Porém, para o vereador Mauricélio Fernandes, a resolução vai de encontro ao que diz o presidente da Casa durante reunião. “Ele fala em conter gastos, que temos que ter a consciência de que o município, o Estado e o País estão passando por uma situação financeira insatisfatória. E me vem esse projeto que onera despesas para essa Casa Legislativa”, protestou. (V.V)
Política
Resolução que prevê pagamento de subsídios é alvo de polêmica
Ainda sobraram ecos da aprovação do pagamento de um valor extra de R$ 8 mil a vereadores de comissões permanentes e da Mesa Diretora