Cotidiano

Você na Folha debate Focos de Incêndio

Roraima tem registrado muitos focos de incêndio. A maior preocupação é que eles estão acontecendo também nas cidades, principalmente em terrenos baldios. De acordo com dados divulgados pelo Corpo de Bombeiros, durante os dois primeiros meses de 2019, já foram atendidas 234 ocorrências de incêndios em vegetação, seja na área urbana dos municípios ou nas rurais. A Folha foi às ruas para saber a opinião da população sobre os danos causados pelos incêndios.

Ana Paula, 20 anos, vendedora (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Todos os dias a frente da minha causa amanhece com fuligem, resultado dos constantes incêndios que estão ocorrendo pela cidade. Inalamos toda a fumaça e as consequências vão aparecer mais tarde. Sabemos que existem épocas em Roraima em que os incêndios ocorrem com mais frequência sim, mas espero que as equipes já estejam preparadas para combater antes que o fogo se alastre.”

Andreia de Souza, 36 anos, vendedora (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Mantenho portas e janelas da minha casa fechadas porque sei que a queimada não vai parar tão cedo, mas mesmo assim, ainda suja bastante. Os incêndios, além de prejudicarem nossa saúde, tiram a liberdade de circularmos livremente, pois ninguém suporta o cheiro da fumaça.”

Sarah Reis, 37 anos, auxiliar de serviços gerais (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Tenho filhos pequenos, e o resultado de inalarem tanta fumaça durante o dia são crises constantes de garganta fechada e dificuldade para respirar. A população tem uma parcela de culpa na criação de focos de incêndio. Vejo muita gente jogando resto de cigarro em mato seco sem nem pensar no que a atitude pode acarretar. Precisamos de mais consciência!”

Benedito Reis, 52 anos, vendedor (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Acredito que a época da queimada é atribuída ao tempo seco do Estado. Todos os anos, presenciamos focos de incêndio, mas cabe aos responsáveis pelo controle em acompanhar de perto para que não se alastrem. O cidadão deve contribuir e não jogar galhadas e outros objetos que podem funcionar como gatilhos para acender um chama de fogo.”

Breno Rogério, 25 anos, vendedor (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“Inalar muita fumaça mata. Os casos de incêndio não são crimes somente contra o meio ambiente. Vivemos em um sistema em que a ação de alguém afeta diretamente nossas vidas. Acredito que a população deveria fazer sua parte e cuidar dos terrenos, dos galhos e acionar imediatamente quando presenciar um incêndio.”

Rosenilson de Lima, 27 anos, açougueiro (Foto: Nilzete Franco/Folha BV)

“O calor e o lixo deixado pela população são elementos que, se combinados, resultam em um incêndio. Até a fiação malfeita pode ocasionar um incêndio com danos irreversíveis. Já sabemos que nesse período quase não ocorrem chuvas, e o sol em Roraima castiga bastante. Penso que é o cidadão quem deve cuidar para que a queimada não ocorra na cidade.”