Cotidiano

Número de mulheres cresce no mercado de trabalho em Roraima

Dados do IBGE revelam que percentual de mulheres com ocupações no Estado subiu 0,72% de 2012 a 2018

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Roraima divulgou o percentual de homens e mulheres com ocupações no mercado de trabalho, no período de 2012 a 2018. De acordo com o levantamento, cresceu 0,72% o número de mulheres trabalhadoras no Estado.

As informações são referentes à tabela com a quantidade de pessoas com 14 anos ou mais de idade que estejam executando força de trabalho no Estado. O percentual de mulheres trabalhando em Roraima saiu de 41,8% em 2012 para 42,1% em 2018. A média maior de mulheres trabalhando reflete também na queda de 3,32% de desempregadas, que saiu de 60,3% em 2012 para 58,3% em 2018.

O percentual de homens trabalhando em Roraima saiu de 58,2% para 57,9%, ou seja, uma queda de 0,52%. A média menor de homens trabalhando reflete no aumento de 14,32% homens desempregados, que saiu de um percentual de 39,1% em 2012 para 44,7% em 2018.

Já em Boa Vista, o percentual de mulheres trabalhando saiu de 43,7% em 2012 para 44,4% em 2018, ou seja, um aumento de 1,60%. A média maior de mulheres trabalhando reflete também na queda de 3,32% de mulheres desempregadas na capital, que saiu de 60,3% em 2012 para 58,3% em 2018.

Houve crescimento nos salários dos homens e mulheres e diminuiu a disparidade entre os ganhos de ambos os gêneros (Infográfico: Alexandre Leite)

RENDIMENTO – O IBGE também apresentou tabela sobre o rendimento médio pago mensalmente para pessoas de 14 anos ou mais de idade, conforme o gênero. Em Roraima, o rendimento dos homens em 2012 era na média de R$ 1.708. Já em 2018, a média subiu para R$ 2.177 reais. Já a mulher recebia na faixa de R$ 1.367 em 2012. Em 2018, passou a receber R$ 2.170.

Houve crescimento nos salários dos homens e mulheres e diminuiu a disparidade entre os ganhos de ambos os gêneros. A diferença entre salários entre homens e mulheres no Estado ficou em apenas R$ 7. Na capital, o percentual de diferença é de aproximadamente R$ 100.

Roraima tem menor diferença salarial entre homem e mulher com ensino superior

As mulheres trabalhadoras em Roraima ainda sofrem com diferença salarial em comparação com os homens, porém, o dado positivo é que o Estado tem apenas 4,74% de disparidade entre pagamentos para trabalhadores com nível superior, considerado o menor do País.

A informação é com base em dados da plataforma de inteligência “Quero Bolsa”, conforme informações do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao ano de 2018.

De acordo com a ferramenta, o salário médio dos homens em Roraima no ano passado era de R$ 2.015,12. Já o salário médio das mulheres era de R$ 1.923,95, o que demonstrou uma variação percentual de apenas 4,74% de diferença.

Conforme a plataforma digital, o que facilitou para diminuir a disparidade entre salários de homens e mulheres em geral foi buscar aprimorar os conhecimentos com formação no ensino superior. “Ingressar na faculdade, sem dúvida, ajuda homens e mulheres a aumentarem seus ganhos. Na prática, mais anos de estudos resultou no aumento de 139,15% na renda dos homens e 83,02% na renda das mulheres”, afirma.

OCUPAÇÕES – A plataforma digital também fez um levantamento sobre as ocupações, ou seja, as profissões em que as mulheres ganham mais do que os homens. Ao todo, foram avaliados os salários médios pagos a homens e mulheres em 600 ocupações com contratações no País ao longo de 2018, segundo o Caged. Do total de 600, apenas 90 apresentaram diferença superior a 5% favorável às mulheres.

A plataforma revelou que as ocupações em que as mulheres ganham mais do que homens se concentram nas áreas de educação e saúde. “A diferença máxima a favor das mulheres foi de 68,97% para a ocupação Diretor de Instituição Educacional Pública, com 232 contratações de profissionais do sexo feminino e 62 do sexo masculino. Na outra ponta, a maior diferença salarial a favor dos homens foi de 182,58% para a ocupação Diretor de Redação (Jornalismo), com 35 contratações femininas e 41 masculinas”, informou o levantamento. (P.C.)