Trânsito de animais será informatizado

A partir do dia 16 deste mês, os pecuaristas de Roraima vão contar com uma nova ferramenta que facilitará o transporte de gado dentro e fora do Estado. Trata-se da Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA), que é um projeto exigido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e um dos critérios para o Estado passar de status de médio risco da aftosa para Estado livre de aftosa com vacina. A e-GTA será obrigatória para o transporte de animais em Roraima.
Segundo o diretor do Departamento de Defesa Vegetal e presidente em exercício da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (Aderr), Luiz Cláudio Estrella, a partir deste sábado, 30 servidores estarão passando por uma capacitação no laboratório da Universidade Virtual de Roraima (Univirr) para operar no Sistema Integrado de Gestão Agropecuária (Siga-Aderr) e no, dia 16, será feito o lançamento do sistema.
“A partir desta data, o trabalho será iniciado de forma ampliada em todo Estado. No dia 4 de abril, quando a instrução normativa começa a valer, já estaremos emitindo a e-GTA em todos os municípios de Roraima e o sistema passará a integrar o sistema nacional”, frisou. A instalação do e-GTA possibilitará a facilitação de emissão da guia pelos produtores e pecuaristas, os quais não precisarão mais sair de seus municípios para se deslocarem a um posto da Aderr a fim de emitir o documento. Uma vez instalado nos 27 escritórios do órgão, espalhados nos 15 municípios, não haverá mais a necessidade do deslocamento do pecuarista que mora em um município onde está sua propriedade para pegar a emissão do e-GTA em outro. Em pelo menos 24 escritórios, o programa já está instalado e, em quatro, a equipe técnica está com problemas de conexão de internet. Todos são localizados em regiões distantes da Capital. 
“Os técnicos estão trabalhando para resolver essa questão da internet e só depois de integrar o sistema nacional, é que teremos a emissão da e-GTA na hora. O produtor poderá estar em qualquer lugar do Brasil, sem a necessidade de ter que estar no município sede da sua propriedade. E o Ministério da Agricultura poderá acompanhar toda essa movimentação”, afirmou.  
Estrella informou que a e-GTA conterá informações a respeito da origem do animal, tais como o código do estabelecimento e da exploração pecuária, nome do produtor rural, nome do município e o destino para o qual o animal está sendo levado, bem como se o gado foi vacinado contra a febre aftosa. “Essa é mais uma etapa que o Governo do Estado vence contra a aftosa e com o objetivo de passar de status de médio risco da aftosa para Estado livre de aftosa com vacina, e assim poder comercializar carne para o Amazonas, por exemplo”, frisou.
A atualização das informações cadastrais dos estabelecimentos de origem e de destino será de responsabilidade dos órgãos executores de Sanidade Agropecuária (OESAs), devendo estar inseridas na Base de Dados Única (BDU) da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), conforme procedimentos definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (R.R)