Estudantes de escolas públicas do sul de Roraima participaram de oficinas voltadas à educação ambiental, com foco na preservação da Amazônia. A iniciativa, promovida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), também ocorreu no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima – Campus Novo Paraíso, em Caracaraí, abordando temas como a proteção dos quelônios e o manejo do fogo.
Com a participação de cerca de 450 alunos do ensino fundamental e médio, além de professores, as oficinas promoveram um debate sobre os impactos ambientais das queimadas e a necessidade de conservar a biodiversidade da região. “Nosso objetivo é despertar nos estudantes o reconhecimento da fauna e da floresta como parte essencial do meio em que vivem”, explicou a educadora ambiental do Ibama, Airlene Carvalho.
Combate às queimadas
A Amazônia, que abriga a maior bacia hidrográfica do mundo, enfrenta desafios como os incêndios florestais e a degradação ambiental. Embora Roraima tenha registrado uma redução de 81% nos focos de calor neste ano, o tema segue em discussão.
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A técnica ambiental Marlene Pinho, do Prevfogo/Ibama, destacou o trabalho das brigadas no combate ao fogo e na recuperação da vegetação. “As crianças aprendem, de forma lúdica, sobre a atuação dos brigadistas, que também fazem o monitoramento de focos de calor e distribuem mudas para comunidades indígenas”, afirmou.
Dinâmica sobre quelônios
Durante as oficinas, os estudantes participaram de dinâmicas sobre o ciclo de vida dos quelônios, desde a desova até a eclosão dos filhotes, e produziram desenhos representando o aprendizado. Para os alunos do ensino médio, foi aplicada uma metodologia de perguntas e respostas sobre a preservação ambiental.
Graziele, de 17 anos, destacou a importância do manejo dos quelônios para evitar a extinção das espécies. Após assistir a um vídeo sobre os brigadistas, Ana Vitória, do terceiro ano, disse ter se impressionado com a agilidade no combate ao fogo. “Eles arriscam a vida para proteger a floresta e os animais, e nós precisamos fazer a nossa parte e não queimar”, afirmou.
O professor Domingos Melo, da escola municipal de Caroebe, avaliou a iniciativa como um recurso para ampliar o conhecimento dos estudantes. “Essas atividades de educação ambiental trazem uma visão mais ampla sobre a Amazônia e podem ser trabalhadas de forma interdisciplinar”, disse.
Com a ação, a expectativa é que os professores apliquem metodologias participativas em sala de aula, incentivando os estudantes a adotarem uma postura ativa na defesa do meio ambiente. A iniciativa, desenvolvida pelo Ibama, está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e busca fortalecer a conscientização sobre a preservação dos recursos naturais.
